SOCIOLOGIA – 1º E - PROFESSORA FABIANE 4ºBIMESTRE AVALIAÇÃO 2
- SOCIOLOGIA – 1º E - PROFESSORA FABIANE 4ºBIMESTRE AVALIAÇÃO 2
ORIENTAÇÕES: estarei enviando textos, vídeo aulas,
documentários, filmes e atividades a serem realizadas no caderno, porém, vocês deverão
tirar fotos(NÍTIDAS) das atividades feitas e encaminhar para o e-mail: fabianeabbamonte@prof.educacao.sp.gov.br
adicionando a escola, disciplina,
nome completo, número e série.
PS. TODAS VALEM AVALIAÇÃO.
Dicas: realizem pesquisas sobre os temas dados, a internet possui
muitos recursos de aprendizado. CASO HAJA DÚVIDAS, ENCAMINHEM PARA MEU E-MAIL.
FAÇA TODAS
AS ATIVIDADES OFERECIDAS EM SEU CADERNO.
ABRAÇOS CARINHOSOS, BONS ESTUDOS E SE CUIDEM.
PROFE...
PS. NÃO ESQUEÇAM DOS GLOSSÁRIOS APÓS OS TEXTOS, IRÁ AJUDA-LOS PARA MELHOR ABSORÇÃO DA LEITURA!
4º BIMESTRE
PS. TODAS VALEM AVALIAÇÃO!
ATIVIDADES MENSAIS (08 aulas). AVALIAÇÃO 2
ATIVIDADE
NO CADERNO! Correção !
Escrevam
em seu caderno as respostas abaixo das questões passada na Avaliação1 anterior
Obs.
Não apaguem a de vocês, apenas escrevam embaixo.
1-Senhores de terras e de escravos: os senhores de terras formavam a
classe dominante, que possuía um conjunto de escravos. Como eram “donos” de
humanos, tinham, portanto, o direito, necessário.
Os escravos compunham a classe dominada, mas também reagiam a essa condição que
lhes era imposta, fugindo e criando núcleos de resistência.
Senhores
feudais e servos: os senhores feudais eram os proprietários das terras
concedidas pelo rei. Os servos eram os camponeses que trabalhavam nessas terras
e, em troca, ficavam com parte da plantação para sua subsistência, além de
receber proteção do senhor feudal. Entre ambos também existia uma relação de
dominação.
Burgueses
e proletários: a relação de dominação permanece também no capitalismo
entre burgueses (proprietários dos meios de produção) e proletários
(trabalhadores que vendem sua força de trabalho em troca de salário). A
dominação que antes era feita por meio de castigos físicos foi abolida, mas
outras formas de dominação permanecem presentes nessa relação entre ambos, pois
os trabalhadores podem ser permanentemente ameaçados com demissões, descontos
etc., como acontece, por exemplo, no Brasil.
Existe
uma relação entre propriedade e poder ao longo da história da humanidade.
Portanto, os proprietários dos meios de produção e que vivem do trabalho
realizado por outro são mais poderosos. O poder de tratá-los como bem lhes conviesse,
até mesmo açoitando-os quando entendessem
2- O que é o conceito de mais-valia, mais-valia absoluta e
mais valia- relativa?
O sistema de mais-valia, explicado por Marx, é baseado na exploração do sistema capitalista, onde o trabalho e o produto produzido pelos trabalhadores é transformado em mercadoria com o intuito do lucro. Assim, os trabalhadores acabam recebendo um valor inferior que não condiz com o trabalho realizado. A mais-valia absoluta é a obtenção do lucro a partir da produção em determinado tempo de trabalho. Se, por exemplo, a jornada é de 8 horas diárias e os custos da produção são cobertos em 2 horas, o lucro obtido nas demais 6 horas é a mais-valia absoluta. Porém, se o proprietário incorporou ao processo produtivo máquinas que façam a produção aumentar, trata-se, portanto, de mais-valia relativa.
Leia abaixo com atenção, respeitando
as virgulas, pontos e exclamação e etc. Pois dessa forma terá melhor
compreensão do texto. Dica: leia conversando com o texto J .
Desigualdade racial
Foi possível compreender até aqui que os mais ricos detêm maior
poder econômico e, portanto, têm acesso aos bens culturais e à educação de
qualidade. Algumas vezes, já são herdeiros de propriedades, de meios de
produção e, portanto, podem viver da exploração do trabalho de outros.
Tal constatação se desdobra em diversos tipos de desigualdade.
Em nosso passado escravocrata, criou-se e alimentou-se o
preconceito racial.
Esse comportamento por parte da sociedade reflete-se nas
oportunidades de emprego e nas condições de vida na atualidade. Contudo,
adotou-se um padrão comportamental, por parte significativa da população
brasileira, que tenta esconder o preconceito. Pergunte a um vizinho ou a um
amigo se ele se considera preconceituoso em relação, por exemplo, aos negros ou
às mulheres. A resposta que a sociedade espera, e que provavelmente será dada,
é sempre “não”. Mas, em geral, na prática isso não se concretiza.
Raça, rendimento e escolaridade
A desigualdade racial se expressa em muitos âmbitos da vida
social (como no mercado de trabalho). Leia o texto a seguir, que discute alguns
dados do Censo
Demográfico 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Depois, responda às questões propostas.
uol NOTÍCIAS
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2012/06/29/brancos-ganham-duas-vezes-mais-que-
Brancos
ganham o dobro que negros e dominam ensino superior no país, mostra Censo 2010
Débora
Melo do UOL, em São Paulo
Dados do Censo Demográfico 2010,
divulgados nesta sexta (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística), mostram que a desigualdade racial continua no Brasil, com brancos
recebendo salários mais altos e estudando mais que os negros (pretos e pardos).
Segundo o levantamento, essa
realidade é ainda mais acentuada na região Sudeste, onde os rendimentos
recebidos pelos brancos correspondem ao dobro dos pagos aos pretos. A menor
diferença é observada na região Sul, onde a população branca ganha 70% mais que
aquela que se autodeclarou preta.
De acordo com Jefferson Mariano,
analista socioeconômico do IBGE, esses indicadores pouco mudaram com o passar
dos anos. “Nós até observamos uma redução da desigualdade nesse aspecto, mas a
queda é muito tímida”, diz.
Para o analista, a cidade de São
Paulo serve como um “ótimo exemplo” dessas desigualdades.
“A população do Alto de
Pinheiros [bairro da Zona Oeste], por exemplo, é majoritariamente branca,
enquanto em Parelheiros [bairro no extremo da Zona Sul] predomina a população
negra”
“O rendimento médio domiciliar
per capita de Parelheiros corresponde a 10% do rendimento dos moradores do Alto
de Pinheiros. Não por acaso, a população negra do Alto de
Pinheiros, assim como a branca
de Parelheiros, é inexpressiva”, afirma Mariano, citando dados do IBGE.
O levantamento ainda constatou
uma maior proporção das pessoas que se autodeclararam brancas entre os grupos
de segurados da Previdência Social, bem como entre os empregadores (3% entre os
brancos contra 0,6% entre os pretos e 0,9% entre os pardos).
Ensino
superior
O Censo 2010 mostra que os
brancos também dominam o ensino superior no país: considerando a faixa etária
entre 15 e 24 anos, 31,1% da população branca frequentava a universidade. Em
relação aos pardos e pretos, os índices são de 13,4% e 12,8%, respectivamente.
ENSINO SUPERIOR
• 31,1% – brancos
• 13,4% – pardos
• 12,8% –
pretos
A pesquisa ainda observou diferenças
relevantes na taxa de analfabetismo entre as categorias de cor e raça. Enquanto
para o total da população a taxa de analfabetismo é de 9,6%, entre os brancos
esse índice cai para 5,9%. Já entre pardos e pretos a taxa sobe para 13% e
14,4%, respectivamente.
População negra aumenta
Embora a população que se autodeclara
branca ainda seja maioria no Brasil, o número de pessoas que se classificam
como pardas ou pretas cresceu, enquanto o número de brancos caiu, diz o
levantamento do IBGE.
O percentual de pardos cresceu de
38,5%, no Censo de 2000, para 43,1% (82 milhões de pessoas) em 2010. A
proporção de pretos também subiu de 6,2% para 7,6% (15 milhões) no mesmo
período. Por outro lado, enquanto mais da metade da população (53,7%) se
autodeclarava branca na pesquisa feita dez anos antes, em 2010 esse percentual
caiu para 47,7% (91 milhões de brasileiros).
De acordo com o analista do IBGE, essa
inversão faz parte de uma mudança cultural que vem sendo observada desde o
Censo de 1991. “Muitos que se autodeclaravam brancos agora se dizem pardos, e
muitos que se classificavam como pardos agora se dizem pretos. Isso se deve a
um processo de valorização da raça negra e ao aumento da autoestima dessa
população”, diz Mariano.
O analista, no entanto, afirma que “o
Brasil ainda é racista e discriminatório”. “Não é que da noite para o dia o
país tenha deixado de ser racista, mas existem políticas. As demandas [da
população negra], a questão da exclusão, tudo isso começou a fazer parte da
agenda política.
A cota racial em universidades, por
exemplo, é um desdobramento disso”, afirma Mariano.
Saiba que: o racismo é crime inafiançável no Brasil. Desde a promulgação da
Constituição de 1988, conhecida como Constituição Cidadã, reconhece-se que
todos os cidadãos são iguais perante a lei. Conheça o Artigo 5o:
Art. 5o Todos são
iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito
à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
[...]
XLII – a prática
do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de
reclusão, nos termos da lei;
[...]
Importante!
Os movimentos negros apresentam uma história de lutas coroada
com muitas vitórias, mas é preciso reconhecer que essas lutas ainda são muitas
em uma sociedade marcada pelo racismo.
O antropólogo Kabengele Munanga é defensor das políticas de combate ao racismo e afirma que assegurar a entrada de negros nas universidades públicas por meio de cotas é uma forma de reduzir a desigualdade entre negros e brancos no Brasil.
Desigualdade
de gênero
É comum ouvir diariamente que a sociedade é machista, que as
mulheres são sempre as que cuidam da casa, dos filhos, dos enfermos etc.
Desde a Grécia Antiga era negada a participação das mulheres na
sociedade.
Essa situação foi combatida por mulheres de todo o mundo que
exigiam o direito ao voto. Foi na Nova Zelândia, em 1893, que se registrou a
primeira conquista das mulheres para votarem. No Brasil, foram muitas lutas até
a obtenção legal desse direito. Foi somente em 1932 que o então presidente
Getúlio Vargas, pelo Decreto no 21.076, apontou que todos os cidadãos acima de
21 anos e independentemente do sexo teriam direito ao voto. Contudo, às pessoas
acima de 60 anos e às mulheres, o voto era facultativo.
Em relação ao trabalho, também não foi diferente para as mulheres. Apesar de as mulheres pobres sempre terem trabalhado para garantir sua sobrevivência e a da família, isso não era bem-visto pela sociedade. Nos anos 1930, os julgamentos morais afetavam diretamente as mulheres – às quais era destinada a vida doméstica, enquanto aos homens, a vida pública. Para que elas pudessem exercer algum tipo de atividade pública, era preciso a permissão dos maridos, pais ou irmãos.
Gênero
e sexo são sinônimos?
É
comum as pessoas empregarem as palavras “gênero” e “sexo” no mesmo sentido:
“Ela é do sexo feminino”, “Ele é do gênero masculino”. Mas os estudos da
Sociologia mostram que gênero e sexo são coisas diferentes.
O
gênero tem relação com a forma pela qual a sociedade optou por um tipo de
divisão sexual do trabalho e dos meios de produção. Ou seja, as sociedades
preferiram destinar às mulheres e aos homens diferentes atividades produtivas.
Estudos indicam que, ainda hoje, as mulheres
(em
todo o mundo) são as responsáveis pelo cuidado dos filhos, da casa, dos idosos
e enfermos.
Essa
forma de compreender o trabalho feminino se expressa também no mercado de
trabalho, pois as ocupações e profissões com maior número de mulheres são
aquelas associadas aos considerados
“atributos
femininos” pela sociedade: paciência, cuidado, delicadeza etc. Enquanto para os
homens são destinadas aquelas de maior prestígio social e mais bem remuneradas.
Outro
aspecto é a separação das tarefas que cada um deve desempenhar no que diz
respeito à reprodução humana.
O
sexo, por sua vez, refere-se às diferenças fisiológicas verificáveis entre
homens e mulheres.
Veja
a definição que traz o Dicionário crítico do feminismo:
[...]
O gênero se manifesta materialmente em duas áreas fundamentais: 1) na divisão
sociossexual do trabalho e dos meios de produção, 2) na organização social do
trabalho de procriação, em que as capacidades reprodutivas das mulheres são
transformadas e mais frequentemente exacerbadas por diversas intervenções
sociais. [...]
Observe
como a história do trabalho feminino traz raízes que condicionavam a mulher a
uma situação de submissão ao marido. Por mais de 150 anos, a mulher que
quisesse trabalhar por conta própria precisava seguir alguns critérios. Veja o
que o Código Comercial (Lei no 556/1850), que foi amplamente modificado só
em2002, dizia:
Das
Qualidades Necessárias para ser Comerciante (*)
Art. 1 – Podem comerciar no Brasil:
[...]
4 – As mulheres casadas maiores de 18 (dezoito) anos, com
autorização de seus maridos para poderem comerciar em seu próprio nome, provada
por escritura pública. As que se acharem separadas da coabitação dos maridos
por sentença de divórcio perpétuo, não precisam da sua autorização.
[...]
Art. 28 – A autorização para comerciar dada pelo marido à
mulher pode ser revogada por sentença ou escritura pública; mas a revogação só
surtirá efeito relativamente a terceiro depois que for inscrita no Registro do
Comércio, e tiver sido publicada por editais e nos periódicos do lugar, e
comunicada por cartas a todas as pessoas com quem a mulher tiver a esse tempo
transações comerciais.
*Obs.: Esses artigos foram revogados pela Lei no 10.406 de
10/01/2002 (Código Civil).
Pra saber: Pesquisas
indicam que os homens recebem salários 30% maiores que o das mulheres.
Os
dados demonstram que os homens ganham mais que as mulheres em qualquer tipo de
comparação: idade, grau de escolaridade, tipo de contrato.
Observa-se
também que o salário é ainda mais baixo se a mulher for negra. Ou seja, a
desigualdade e o preconceito caminham juntos quando o assunto é trabalho
feminino.
Saiba mais sobre esse assunto consultando o site Observatório de
Gênero: <http://www.observatorio
degenero.gov.br> (acesso em: 10 set. 2014).
Importante saber que, A desigualdade social é qualquer situação
de privilégio social de alguns indivíduos e grupos em relação a outros. Ela se
pode dar em razão da riqueza, do status, da discriminação em função da cor de pele,
do gênero, da origem étnica, entre outros fatores. As desigualdades tem relação
com a dominação social porque sempre refletem relações de poder. No Brasil a
desigualdade social se apresenta de diversas formas e origina-se na herança
histórica colonial, fundada na expropriação de riquezas naturais, na
concentração da posse e da propriedade da terra, no trabalho escravo, na
família patriarcal e no patrimonialismo. Hoje, a desigualdade de classes
permanece em concentração de renda ou da riqueza e da perpetuação de grupos
políticos tradicionais no poder. Além disso, articula-se com formas veladas de
discriminação étnico-raciais e com a resistência à concessão de direitos a
população. Com isso, persistem a má distribuição de renda, a desigualdade no
acesso a bens materiais e simbólicos, problemas de moradia, discriminações de
gênero e outras formas de exclusão.
ATIVIDADE
NO CADERNO! Copie as questões enumerando-as e responda.
11- 1-
111 1) Há
diferença entre o rendimento de brancos e não brancos? Quais são os argumentos
presentes no texto que explicam sua resposta?
2) Qual é o percentual de escolaridade de brancos em cada
nível de ensino? E de pretos e pardos? Com base no que estudou neste tema, como
é possível explicar essas diferenças?
3-Leia a seguir um assunto frequentemente publicado em
jornais e revistas femininas da década de 1950:
É
preciso saber estimular as crianças com brinquedos e brincadeiras adequadas.
Para
as meninas, os brinquedos que despertam o sentido de ser mãe desde a mais tenra
idade são os mais acertados. A boneca terá os cuidados de um bebê, as
panelinhas trarão o gosto pelo dever de cozinhar.
Para
os meninos, são importantes brincadeiras que enalteçam sua coragem e, assim,
serão mais preparados para assumir o papel de chefes da futura família.
As
propagandas, as revistas e os jornais auxiliavam na construção de um modelo
feminino. Como você compreende as propagandas veiculadas hoje? Elas possuem a
mesma lógica daquelas veiculadas na década de 1950?
4- Na sua opinião, como é a divisão das tarefas domésticas
entre homens e mulheres na atualidade? Por que existe essa divisão?
5) O que significa dizer que a desigualdade não se define
apenas pela dimensão econômica?
Desenvolva o raciocínio tomando como base o tópico que trata da
sociedade brasileira.
BONS ESTUDOS ;=D
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