SOCIOLOGIA – 1º E - PROFESSORA FABIANE 4ºBIMESTRE - AVALIAÇÃO 1


- SOCIOLOGIA –  1º E - PROFESSORA FABIANE 4ºBIMESTRE

ORIENTAÇÕES: estarei enviando textos, vídeo aulas, documentários, filmes e atividades a serem realizadas no caderno, porém, vocês deverão tirar fotos(NÍTIDAS) das atividades feitas e encaminhar para o e-mail: fabianeabbamonte@prof.educacao.sp.gov.br  adicionando a escola, disciplina,  nome completo, número e série.

PS. TODAS VALEM AVALIAÇÃO.

Dicas: realizem pesquisas sobre os temas dados, a internet possui muitos recursos de aprendizado. CASO HAJA DÚVIDAS, ENCAMINHEM PARA MEU E-MAIL.

FAÇA TODAS AS ATIVIDADES OFERECIDAS EM SEU CADERNO, AFIM DE DARMOS CONTINUIDADE QUANDO TUDO ESTIVER SOB CONTROLE.

 ABRAÇOS CARINHOSOS, BONS ESTUDOS E SE CUIDEM. PROFE...

PS. NÃO ESQUEÇAM DOS GLOSSARIOS APÓS OS TEXTOS, IRÁ AJUDA-LOS PARA MELHOR ABSORÇÃO DA LEITURA!

 

4º BIMESTRE

Hoje começaremos atividades referentes ao 4º bimestre. Minhas postagens da disciplina de Sociologia no BLOG será mensais e entrega de atividades deverá ser dentro do prazo solicitado e dúvidas somente no meu  e-mail anotado acima J

PS. TODAS VALEM AVALIAÇÃO!


ATIVIDADES MENSAIS (08 aulas). AVALIAÇÃO 1

Introdução

Agora, serão apresentadas as diversas formas de desigualdade existentes na sociedade. Para isso, é importante recorrer inicialmente à recuperação histórica dos fatos para melhor compreender as raízes que alicerçaram as diferenças sociais entre iguais no Brasil.

RAIZES DA DESIGUALDADE

Este tema tem como objetivo estudar a formação econômica do Brasil e em que medida ela pode ter contribuído para a situação de desigualdade vivenciada na atualidade.

É importante discutir a própria versão tradicionalmente veiculada nas escolas de que o Brasil foi “descoberto” pelos portugueses, pois essa explicação dos fatos pode acobertar o sentido da exploração entre países em busca de riquezas, território e poder.

Observe atentamente os detalhes da imagem abaixo:


  Tema da imagem:  Das profundezas, de William Balfour Ker, 1906. 

ATIVIDADE NO CADERNO! Copiar e responder!

 

Agora responda no seu caderno:

 

1-     Que outro título você daria para ela?

 

 

2-     Qual é a mensagem que ela transmite?

 

3-     Para você, qual é o tema retratado na imagem? Quais são os elementos da ilustração que o levaram a ter essa opinião?

Leia abaixo com atenção, respeitando as virgulas, pontos e exclamação e etc. Pois dessa forma terá melhor compreensão do texto. Dica: leia conversando com o texto J .

2-2TEMAS

1.      TEXTO PARA LEITURA “Por mares nunca dantes navegados”

2.   Os portugueses chegaram ao Brasil em 1500 e foram progressivamente explorando nossas terras, mas nem sempre a história foi contada assim. Você já deve ter ouvido, e talvez aprendido na escola, que o Brasil foi “descoberto”. Mas se os nativos aqui viviam e tinham seus costumes, os portugueses os encontraram e ocuparam um território já habitado. O historiador Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982) escreveu o livro Raízes do Brasil, em 1936, que discute essa situação e nos auxilia a compreender a formação econômica, política e social do Brasil.


Como isso aconteceu?

O rei de Portugal, à época dom Manuel I, adotou uma estratégia política: desbravar

– como escreveria Camões – “mares nunca dantes navegados” para conquistar e explorar territórios em busca de poder e riquezas. Mas é importante pensar que o ato de invadir o território brasileiro e se apossar da fartura de recursos naturais nele existentes, como minérios e pedras preciosas, era muito vantajoso, sem custo, uma vez que eles não precisaram comprar as terras; além disso, todo o trabalho era feito pelos índios, depois pelos negros: trabalho gratuito e obrigatório.

Com isso, os bens se multiplicaram rapidamente.

O Brasil foi, portanto, colonizado pelos portugueses e submetido a um sistema de exploração de riquezas naturais, como a extração de minérios, por exemplo.

Tal aspecto acabou por trazer desdobramentos à história brasileira, marcando sua trajetória econômica, política e social. A exploração do pau-brasil e da cana-deaçúcar e a extração do ouro organizaram uma sociedade dividida, baseada em uma relação desigual entre senhores e escravos. Aqui já se encontra a primeira pista para analisar a desigualdade: uma pessoa pode ser propriedade de alguém? A escravidão se configura, portanto, como uma situação extrema de desigualdade.

Assim, você pode perceber que desde a colonização o Brasil se desenvolveu em circunstâncias fundamentadas na dominação e na desigualdade.

 

desObserve como essa relação de dominação e desigualdade foi imortalizada na obra do artista francês Jean-Baptiste Debret.


Na obra acima, é possível identificar o feitor branco açoitando um escravo, mas também, ao fundo, os próprios escravos que eram obrigados a castigar seus pares.

Fica a indagação: um país como o Brasil, que firmou seus alicerces em bases desiguais, pode vir a se desvencilhar dessa herança no futuro?

Para melhor responder a essa pergunta, é preciso antes debater o que é desigualdade e procurar compreender esse fenômeno do ponto de vista da Sociologia.

No Brasil Colônia, se por um lado os brancos buscavam submeter a população negra, por outro, alguns escravos conseguiam fugir dos maus-tratos e criavam suas próprias comunidades. O Quilombo dos Palmares, na Capitania de Pernambuco, hoje município de União dos Palmares no Estado de Alagoas, foi um exemplo, chegando a abrigar cerca de 30 mil pessoas lideradas por Zumbi, que nasceu livre, mas foi capturado e tornado escravo aos 6 anos de idade.

Importante!

É sempre interessante pensar que os processos de dominação não acontecem de forma passiva, pois há também uma resposta, uma ação que resiste às várias formas de violência. Ao longo da história brasileira registraram-se inúmeros atos e movimentos de resistência.

Um exemplo que pode ser citado é o Zumbi, um importante símbolo do movimento de resistência negra. Liderou o maior quilombo da época da colônia, que ficou conhecido como Quilombo dos Palmares.

Observe que a representação do bandeirante, construída na história brasileira:

 

Estátua do bandeirante Borba Gato, em São Paulo.

 


É em geral a do desbravador de florestas, mas se oculta o fato de ter sido também um caçador de escravos fugitivos. Há em São Paulo, por exemplo, uma estátua com 10 metros de altura em homenagem a um deles: Borba Gato, que reforça a imagem de herói dos bandeirantes.

Outro exemplo significativo de resistência na história brasileira recente é a de brasileiros e brasileiras contra a ditadura militar. É importante lembrar que, em

2014, completou-se um triste aniversário: os 50 anos do golpe militar. Durante a ditadura militar, que durou 21 anos (1964-1985), muitos foram presos, torturados e mortos lutando em favor de um país mais igualitário e não autoritário.

Classes sociais e desigualdades

Relembrando o que você estudou no 3º bimestre, primeiro vamos rever o conceito de classe de Karl Marx, filósofo alemão, analisou que há no capitalismo duas classes sociais: a burguesia (os proprietários dos meios de produção – terras, ferramentas, insumos etc.) e o proletariado (trabalhadores urbanos que precisam vender sua força de trabalho para garantir a sua subsistência). É importante sempre lembrar que, para Marx, existe uma relação de exploração por parte da burguesia sobre os operários. Essa é uma constatação essencial para entender o pensamento marxista, pois é por meio da exploração que o proprietário obtém a mais-valia.

Mas como ocorre a exploração?

Um trabalhador recebe em forma de salário o valor correspondente a apenas uma parte do que produziu. Uma soma que permitiria a ele morar, alimentar-se, vestir-se, mesmo que minimamente.

O proprietário dos meios de produção, por sua vez, fica com a maior parte do valor da venda da mercadoria.

Essa diferença entre o preço da mercadoria no mercado e o que é pago ao trabalhador como salário denomina-se mais-valia absoluta. E, caso o proprietário adicione máquinas mais modernas para produzir mais mercadorias em menos tempo, ele obterá maior lucratividade, mas continuará pagando o mesmo valor aos empregados. A isso Karl Marx denominou mais-valia relativa, que está relacionada ao uso da tecnologia com vistas a aumentar a produção de mercadorias.

Essa relação de exploração faz com que a riqueza se acumule apenas nas mãos dos proprietários, daqueles que vivem do trabalho realizado por outros trabalhadores. Portanto, essa relação define a formação de classes distintas: uma vendendo a própria força de trabalho, e a outra explorando o trabalho do outro para, com isso, obter lucro. Essa relação de exploração é que mantém e perpetua a desigualdade social no capitalismo.

 

Segue abaixo o vídeo aula para melhor compreensão do conceito de mais-valia absoluta e mais-valia relativa:

https://www.youtube.com/watch?v=1eCZspugq34

 

O conceito de classe para Max Weber

Na análise sociológica, como em muitas áreas da ciência, há divergências sobre a compreensão dos fenômenos.

Para Max Weber, a sociedade é resultado das ações dos indivíduos. É com base nessa ideia que ele formulou o conceito de ação social, que você estudou no 3ºbimestre e, caso necessite, poderá revê-lo.

Ao entender que é o homem, a partir da sua racionalidade, quem vai decidir os contornos da sociedade, Weber criou o conceito de sociologia compreensiva, que visa compreender o significado de uma determinada ação, bem como seus desdobramentos na sociedade.

Quando a sociedade é dividida em grupos, estabelece-se entre eles uma relação de desigualdade, um tendo mais poder que o(s) outro(s). No caso de essa desigualdade ter suas origens na situação econômica – um ter mais poder econômico que outro(s) –, esses grupos são denominados classes. Dessa forma, a sociedade passa a ter uma estratificação (separação em camadas, em estratos) social, a que se dá o nome de estrutura de classes, que define uma hierarquia, uma dominação e um conflito permanente entre elas.

Como Weber compreende a sociedade dividida em estratos sociais, ou estratificada, para ele, os homens também vão se relacionar com base na estratificação social, que está condicionada pela noção de poder.

 

Para WEBER, poder é:

[...] a possibilidade de que um homem, ou um grupo de homens, realize sua vontade própria numa ação comunitária até mesmo contra a resistência de outros que participam da ação.

Classe para Weber é, portanto, uma definição que se orienta pelas características econômicas dos grupos sociais e dos indivíduos. É formada por um grupo de pessoas que compartilham interesses como propriedade, posição no mercado de trabalho, condições de rendimento etc.

Nas palavras do sociólogo, uma situação de classe pode ser expressa:

 

[...] como a oportunidade típica de uma oferta de bens, de condições de vida exteriores e experiências pessoais de vida, e na medida em que essa oportunidade é determinada pelo volume e tipo de poder, ou falta deles, de dispor de bens ou habilidades em benefício de renda de uma determinada ordem econômica. A palavra “classe” refere- -se a qualquer grupo de pessoas que se encontram na mesma situação de classe.

 

Weber destaca, então, três tipos de classes:

1. Classe proprietária, como o próprio nome sugere, é aquela cujo fato de ter determinado patrimônio lhe oferece a condição do que popularmente se conhece como “viver de renda”.

2. Classe lucrativa, formada por trabalhadores altamente qualificados como médicos e advogados; também possui outros segmentos como banqueiros, industriais etc.

3. Classe social, que pode ser composta pela pequena burguesia e também pelo proletariado. Observe que nesse tipo de classe o poder econômico é inferior às duas anteriores.

 

Uma distinção importante entre o que Marx e Weber compreendiam sobre classes é que:

Karl Marx – clamava pela consciência de classe, pois seria pela conscientização das formas de exploração que os operários poderiam se unir e lutar contra a exploração presente no capitalismo e, assim, transformar a realidade e construir uma sociedade mais justa e menos desigual.

Max Weber – para ele, não há consciência de classe, pois as classes obedecem a uma questão econômica e se definem pela produção de bens.


 ATENÇAO! Segue abaixo o vídeo aula para melhor compreensão sobre conceito de classes sociais para Karl Marx e para Max Weber:

https://www.youtube.com/watch?v=FaRezzQ1GvQ


OBS:. Estratificação social: A palavra estrato é definida como: “Grupo ou camada social de uma população, definido em relação ao nível de renda, educação etc.”

A expressão estratificação social, amplamente empregada nas análises sociológicas, remete, portanto, à compreensão de que a sociedade é dividida de acordo com uma hierarquia calcada em critérios econômicos, políticos, profissionais e outros.


ATIVIDADE NO CADERNO! Copie as questões enumerando-as e responda.

11- 1-

111 1) Para ajudar na compreensão sobre classes, observe as imagens apresentadas a seguir e reflita sobre o que há de comum entre elas, apesar dos diferentes contextos históricos que elas representam. Depois de analisá-las, descreva conforme pedido:

 

*Brasil Colônia e Império

 

Senhores de terras e de escravos

Escravos


a-   Como eram as relações entre as classes no contexto histórico acima?

 

b-    Qual dessas classes detinha mais poder.

 

*Idade Média

Senhor feudal

Servos


a-   Como eram as relações entre as classes no contexto histórico acima?

 

b-    Qual dessas classes detinha mais poder.

 

*Idades Moderna e Contemporânea

Burgueses

Proletários

a-   Como eram as relações entre as classes no contexto histórico acima?

 

b-    Qual dessas classes detinha mais poder.

 

 

2- O que é o conceito de mais-valia, mais-valia absoluta e mais valia- relativa?

 

3-Elabore em seu caderno uma redação (mínimo 20 linhas) com o tema: “Classes sociais: do que se trata?”.

 

 

BONS ESTUDOS ;=D



 

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Prof.ª Rosa Maria - Língua Portuguesa - 1.ª Série EM: A, B, C, D, E.

ELETIVAS –1ºA, B, C e D 3ºBIMESTRE - PROFESSORA FABIANE AVALIAÇÃO 2

Prof.ª Rosa Maria - Língua Portuguesa - 1.ª Séries: A, B, C, D, E