SOCIOLOGIA – 1°E –RECUPERAÇÃO DO 3ºBIMESTRE PROFESSORA FABIANE
SOCIOLOGIA – 1°E –RECUPERAÇÃO DO 3ºBIMESTRE PROFESSORA FABIANE
ORIENTAÇÕES: as atividades a ser realizadas no
caderno, porém, deverão tirar fotos(NÍTIDAS) das atividades feitas e encaminhar
para o e-mail: fabianeabbamonte@prof.educacao.sp.gov.br
Adicionando a escola, disciplina, nome completo, número e série.
PS. TODAS VALEM AVALIAÇÃO.
CASO HAJA DÚVIDAS, ENCAMINHEM PARA MEU E-MAIL ou WhatsApp 11- 968362464.
3º BIMESTRE - RECUPERAÇÃO
Leia abaixo com atenção, respeitando
as virgulas, pontos e exclamação e etc. Pois dessa forma terá melhor
compreensão do texto. Dica: leia conversando com o texto e palavras que
desconheça, pesquise o significado no
dicionário ou google J .
Conceito de território
O
conceito de território abre horizontes para a compreensão dos espaços físicos e
sociais; diria físicos-sociais. Aqui pretendo apresentar, de forma mais
objetiva possível esse importante conceito para as Ciências Sociais e para a
Geografia, em particular.
O
território é a dimensão do espaço habitado, delimitado fisicamente com limites
físicos de caráter político/administrativo. O território é fruto de sua
história que se manifesta no presente, portanto, um espaço dotado de heranças,
sobre as formas das estruturas, da cultura e das relações sociais,
apresentando-se como uma condição herdada.
O
território guarda o passado do agir hegemônicos e dos conflitos sociais, das
lutas de classe e do fazer cotidiano. As lutas sociais que se desenvolvem nesse
espaço possibilitam o fechamento de uma região a qual será delimitada
fisicamente. Uma vez delimitada, cria-se fronteiras simbólicas e físicas a fim
de trazer clareza de sua existência, dando início a um processo social de
construção de legitimidade.
A
compreensão desse conceito proporciona entender as configurações dos espaços
ocupados, marcados por disputas e representações simbólicas. O país,
acompanhado da ideia de nação, é exemplar para entendermos os usos do
território para agregar indivíduos de forma coesa em torno de aspectos
construídos socialmente a partir de um arbitrário cultura. A compreensão de
conceitos e categorias do campo disciplinar são fundamentais para enxergar
melhor os fenômenos sociais, tais como o território.
Resumidamente, o território é o espaço apropriado, o local onde um
determinado grupo exerce o domínio ou a sua soberania. Não por acaso, esse
conceito está quase sempre ligado à noção de Estado, que não existe sem o seu
próprio território. No entanto, é importante deixar bem claro que ele também se
manifesta nas mais diversas escalas, como por exemplo: o território de um
traficante em uma determinada favela ou a área comandada pelos países-membros
da União Europeia.
A identidade cultural
É, aquela marca característica de um grupo social
que partilha um ideal, valores, costumes e comportamentos formados ao longo da
sua história. É a consciência de pertencer a determinado grupo - sejam por
caracteres comuns de gênero, de origem étnica, ou por interesses específicos, crenças,
entre outros – que aproxima os indivíduos em certa sociedade. A identidade
cultural de um grupo (independentemente de seu tamanho) é de extrema
importância para seu reconhecimento social e político e assenta-se em ideias e
representações sociais.
ATENÇÃO: É a partir da nossa identidade cultural que construímos a
ideia de “eu”,
“nós”
e “outros”. A forma como o fazemos muitas vezes põe em evidência fronteiras
sociais ligadas à classe socioeconômica, à etnia, ao gênero, ou ao tipo de
roupa que preferimos... Por meio desses muitos elementos combinados,
identificamos “semelhantes” e “outros”.
Essa
diferenciação pode originar tendências etnocêntricas → Ex: teorias sociais
racistas → Colonialismo séc. XIX → Justificativa para ações imperialistas na
África, Ásia, e povos indígenas e negros nas Américas.
Apontamentos sobre a Diversidade
cultural na sociedade brasileira:
▪
A construção de uma identidade nacional está ligada a ideia de pertencimento a
um território ou a um povo. As diferenças culturais estão presentes na formação
da sociedade;
▪
O Brasil é uma nação pluriétnica e multicultural, composta por diversas formas
de organização social.
▪
No Brasil com indivíduos tão diferentes entre si – seja pela cor da pele,
classe social, a região onde moram, o estilo da vida que expressam -existe um
racismo difuso e uma discriminação velada, que se expressam na intolerância
cotidiana;
▪
Para pensarmos na marginalização de grupos culturais: comunidades indígenas
brasileiras.
Durante
séculos, os indígenas não foram
respeitados nos seus costumes e no seu direito ao uso das terras. Os que
sobreviveram ao genocídio causado pela colonização foram limitados por
exploradores e depois latifundiários e pelo Estado; além de empresas e
fazendeiros que se aproveitam ilegalmente das suas terras, acabando com
recursos naturais que os indígenas utilizam como forma de sobrevivência. A
nossa
Constituição
Federal de 1988, garante a demarcação das terras indígenas com o objetivo de
reverter algumas injustiças e proporcionar condições para a subsistência,
embora o conflito com representantes no agronegócio seja constante.
Outro
processo de imposição cultural a partir do ponto de vista europeu ocorreu
também com os negros no país; muitos movimentos de resistência ocorreram
revoltas que tiveram conquistas, porém sempre com duras repressões das forças
oficiais.
As
pesquisas das ciências sociais demonstram que o racismo é uma construção
histórica que resiste nas ideias que as pessoas têm sobre “ser negro”, “ser
branco”, “ser índio”. Esses estudos sugerem que o combate ao preconceito
precisa ser enfrentado pelo Estado por meio da educação e das políticas
afirmativas.
Atividade para ser realizada no caderno:
1- Explique com suas palavras o conceito de
território.
2-Defina Identidade
Cultural.
3- – Pensando na questão indígena relatada
no texto, escreva sobre as consequências da imposição cultural. (Mínimo 30
linhas)
Agora, leia atentamente o texto abaixo e realize a atividade em seguir.
Contra cultura
Na sociologia, a contracultura
refere-se a um movimento libertário de contestação que surgiu na década de 60
nos Estados Unidos. Representou um movimento de rebeldia e insatisfação que
rompeu com diversos padrões, ao contestar de forma radical comportamentos da
cultura dominante. No entanto, vale lembrar que ele possui um caráter pacífico.
Identidade ou identificação?
É interessante notar que, para Michel
Maffesoli, o Brasil é um dos países em que melhor se podem observar as dinâmicas
do neotribalismo, porque entre nós o tradicional e o tecnológico se combinam o
tempo todo. De fato, no cenário das grandes cidades brasileiras, a todo momento
surgem novas tribos (wiccas, emos, patricinhas, pitboys), enquanto outras
praticamente desaparecem (darks, grunges) e outras, ainda, sobrevivem há
bastante tempo (metaleiros, punks, surfistas). Em sua maioria, essas tribos –
ou “comunidades estéticas”, para usarmos a expressão de outro sociólogo famoso,
chamado Zigmunt Bauman – distinguem se umas das outras sobretudo por quesitos
visuais e padrões de consumo, que se tornam elementos próprios de sua
identidade. Mas, se antes a noção de identidade, de um grupo ou de um
indivíduo, remetia à ideia de unidade, estabilidade e coerência, hoje não é necessariamente
assim. Alguém que durante a pré-adolescência se identificava como funkeiro, aos
14 anos pode se “converter” em emo, e aos 16 passar a se apresentar como
exfunkeiro ainda emo e também vegetariano.
É por isso que Michel Maffesoli propõe
a substituição da noção de identidade pela de identificação. Qual é a diferença
entre essas duas noções? Enquanto identidade se refere a um modo de ser estável
e coerente, identificação diz respeito a “máscaras variáveis”, até mesmo
descartáveis, relações “informais” e “afetivas” entre os sujeitos. Se, no
início do século XX, as meninas praticamente já nasciam com uma identidade
preestabelecida – deveriam se casar na igreja, ter filhos e cuidar da casa –,
uma jovem do novo milênio tem um leque muito maior de possibilidades de
identificação a sua frente, tanto em termos de vida afetiva, sexual e familiar
quanto de vida profissional.
Punks, patricinhas, emos, metaleiros,
surfistas, straight edges e tantas outras tribos, comunidades ou movimentos que
circulam pelas ruas das grandes cidades brasileiras nos ajudam a refletir sobre
o dilema que Georg Simmel já havia apontado como característico da modernidade:
ser único ou pertencer a um grupo, querer ser reconhecido como indivíduo e
também como parte de um todo maior. As “tribos” prometem, de certo modo,
singularização e pertencimento: cada membro é diferente dos que não fazem parte
de seu grupo e ao mesmo tempo é “igual” aos outros membros da tribo.
Pertencer à “comunidade dos
vegetarianos” significa, por um lado, estar em oposição aos que têm um tipo de
hábito alimentar não vegetariano e, por outro, identificar- se com qualquer
outro ser sobre a face da Terra, independentemente de sua cor, credo ou postura
política, simplesmente porque esse ser também não come carne.
Essas “comunidades” de gostos e
comportamentos se contrapõem, por um lado, à ideia de que todos são iguais em
uma sociedade de massas, os gostos são homogêneos ou os comportamentos se
parecem porque todos estão informados pelos meios de comunicação.
A diversidade de tribos mostra que, ao
contrário, há muitas maneiras de expressar o jeito de ser próprio de cada
grupo. Essa diversidade interessa à Sociologia porque ela revela as maneiras
distintas da vida em grupo.
E revela também que a chamada
modernidade é muita coisa, menos o “tudo igual” que parecem sugerir algumas
falas mais apressadas: os jovens são assim, são assados, todos querem isso ou
todos querem aquilo.
Abrindo nossos olhos, apurando nossa
observação e exercitando nossa imaginação sociológica, percebemos o quanto é
extensa, variada e imprevisível a manifestação das vontades coletivas.
As tribos urbanas são alguns exemplos
que ajudam a refletir um pouco mais sobre a diversidade dos tipos sociais que
povoam as cidades grandes. As tribos urbanas mesclam aspectos arcaicos
(religião, tradição, fidelidades etc.) com a modernidade (tecnologia e
desenvolvimento científico). A sociabilidade urbana, marcada pelo anonimato,
possibilita que as pessoas se reinventem, recriem-se, reorganizem-se e
socializem da forma que escolherem. Bem-comportadas ou rebeldes, as tribos
ostentam padrões estéticos que se opõem às tendências mais amplas da sociedade.
Isso transforma os indivíduos identificados com cada uma delas em consumidores
de produtos que os singularizam como membros de uma comunidade particular.
Existe, portanto, uma intenção de distinção que parte dos adeptos das tribos.
Por outro lado, aqueles que não se identificam com uma tribo urbana ou não
aceitam os padrões propostos por ela podem rotular, estigmatizar seus
integrantes e até alimentar uma dinâmica de discriminação e preconceito contra
eles.
Assista o vídeo abaixo sobre contra
cultura
https://www.youtube.com/watch?v=sXF590p6cwc
Atividade para ser realizada no
caderno:
1-Como podemos observar na leitura do
texto e no vídeo, existe relação entre juventude e os movimentos de
contracultura.
Escolha um dos movimentos a seguir:
*Movimento punk
*Movimento hip-hop
*Movimento hippie
Faça uma pesquisa sobre o Movimento
escolhido, com base no roteiro a seguir.
Contudo, toda pesquisa precisa ser
planejada. Em primeiro lugar, é necessário ter clareza do seu objeto de
pesquisa, quer dizer, saber o que deseja aprender com ela. O segundo passo é
selecionar informações sobre o assunto, ou seja, identificar onde poderá
aprender e investigar sobre o tema em questão. Nesse momento, você terá algumas
alternativas, por exemplo internet e até mesmo entrevistas com pessoas da sua
família.
a) Qual
é o contexto social e político que originou esse movimento?
b) Em
que lugar e época ele foi criado?
c) Que
causa ou finalidade move ou movia esses jovens?
d) Quem
são seus principais líderes, idealizadores, músicos, etc.?
e) Como
ele acontece/ aconteceu no Brasil?
BONS ESTUDOS ;=D
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