- ELETIVAS –1ºA, B, C e D. RECUPERAÇÃO 3ºBIMESTRE - PROFESSORA FABIANE
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PROFESSORA FABIANE
ORIENTAÇÕES: as atividades a ser realizadas no caderno, porém, deverão tirar
fotos(NÍTIDAS) das atividades feitas e encaminhar para o e-mail: fabianeabbamonte@prof.educacao.sp.gov.br
Adicionando a escola, disciplina, nome completo, número e série.
PS. TODAS VALEM AVALIAÇÃO E PRESENÇA.
CASO HAJA DÚVIDAS, ENCAMINHEM PARA MEU E-MAIL ou WhatsApp 11- 968362464.
3º BIMESTRE – RECUPERAÇÃO
Leia abaixo com atenção,
respeitando as virgulas, pontos e exclamação e etc. Pois dessa forma terá
melhor compreensão do texto. Dica: leia conversando com o texto e palavras que
desconheça, pesquise o significado no dicionário ou google.
Introdução
à Declaração Universal dos Direitos Humanos
Menos de três décadas após a Primeira Guerra Mundial, na qual mais
de 18 milhões de soldados e civis morreram, a Europa novamente se envolveu em
um grande conflito.
A Segunda Guerra Mundial, que colocou a Alemanha, o Japão e a
Itália contra a Grã-Bretanha, os Estados Unidos e a União Soviética, submergiu
o mundo em uma tempestade de morte e destruição muito superior à da Grande
Guerra de 1914-1918. Esta não foi apenas uma guerra global, foi uma guerra
total na qual foram necessários todos os recursos humanos e materiais de cada
nação. Cerca de 70 milhões de civis e combatentes morreram, tornando a Segunda
Guerra Mundial no conflito mais mortal da história da humanidade. Milhões
ficaram desabrigados e milhões mais começaram uma vida incerta como refugiados.
Somente quando a Alemanha foi derrotada em maio de 1945, o mundo
compreendeu plenamente o custo de seis anos de guerra moderna: montanhas de
cadáveres, cidades inteiras destruídas, nações traumatizadas pelo uso da violência
contra populações civis. Só então os líderes mundiais perceberam o custo humano
dos 12 anos do governo nacional socialista (nazista) na Alemanha: o Holocausto
- o assassinato genocida de milhões de judeus e ciganos e a perseguição de
homossexuais e outras minorias, muitos dos quais pereceram no último ano da
guerra. (…) Além disso, o bombardeio americano de grandes cidades japonesas e a
destruição de Hiroshima e Nagasaki com bombas atômicas demonstraram que o mundo
possuía as ferramentas de sua própria aniquilação.
Os horrores da Segunda Guerra Mundial reforçaram as exigências dos
internacionalistas do início do século XX de estabelecer uma lei global de
direitos humanos que obrigasse “todos os estados a reconhecer o direito igual
de cada indivíduo em seu território à vida, liberdade e propriedade, liberdade
religiosa e uso de sua própria língua.” Esta ideia foi incluída nos objetivos
das recém-formada Nações Unidas. (…)
Para proteger a seu povo e seus interesses, toda sociedade
desenvolve códigos escritos e não escritos que definem as liberdades, tabus e
obrigações de seus membros. E à medida que diferentes sociedades e culturas se
encontram, frequentemente procuram encontrar um terreno comum. Na era moderna,
por exemplo, foram usados diversos tratado e convenções para proteger os civis
durante a guerra - com sucesso limitado. Enumerar os direitos de todos os seres
humanos na terra, como os redatores da Declaração Universal haviam planejado
fazer, mostrou-se uma tarefa quase impossível. Representantes da Ásia, Europa,
América do Norte e do Sul e Oriente Médio (a maior parte da África ainda era
governada por potências coloniais) divergiam não apenas sobre questões
culturais, mas sobre questões políticas. A Guerra Fria entre a União Soviética
e os Estados Unidos, em particular, aguçou divergências sobre as liberdades
individuais e a responsabilidade do governo. Depois de quase três anos de
negociações que às vezes se transformaram em sérios conflitos, a Declaração
Universal dos Direitos Humanos—que pode ser descrita como um “composto” de
crenças internacionais sobre os direitos, liberdades e dignidade dos seres
humanos, tornou-se uma realidade— (…) A Assembleia Geral das Nações Unidas
adotou a declaração em 10 de dezembro de 1948.
Mas isso foi apenas o começo. O documento foi elaborado para
servir como base para futuras proteções aos direitos humanos. E para servir a
esse propósito, precisava ser trazido à vida, através de programas
educacionais, na consciência dos cidadãos em todo o mundo.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos inspirou muitos
indivíduos e formuladores de políticas a trabalhar por um mundo melhor. Hoje
existem “cerca de duzentas declarações, convenções, protocolos, tratados,
cartas e acordos variados que tratam da realização dos direitos humanos no
mundo. Destes documentos do pós-guerra, nada menos do que sessenta e cinco
mencionam a Declaração Universal dos Direitos Humanos como sua fonte de
autoridade e inspiração.”
Hoje, refletimos sobre o legado da Declaração Universal dos
Direitos Humanos. Apesar do movimento substancial em direção à igualdade e à
compreensão, o racismo e suas consequências continuam a assombrar comunidades e
governos em todo o mundo; as guerras que visam civis continuam sendo travadas;
e os perpetradores de violações de genocídio, tortura e direitos humanos,
muitas vezes ficam impunes.
Para Mary Ann Glendon, embaixadora dos EUA no Vaticano e autora de
Um Mundo feito de Novo: Eleanor Roosevelt e a Declaração Universal dos Direitos
Humanos, a DUDH tem um legado inegável: “Eu acho que a mensagem ... é que,
houve um momento em que homens e mulheres ... numa época em que grande parte do
mundo estava em ruínas ...foram capazes de se unir para articular um caminho em
direção à paz e à justiça, e que nos últimos sessenta anos, um enorme progresso
foi feito nessas frentes .... Negociação, vacilante, no entanto, até agora tem
mantido as pessoas falando ... e é uma grande afirmação da possibilidade de
superar o conflito através da razão e boa vontade. É o que temo. ”
Agora, assista abaixo aos seguintes vídeos
sobre os direitos humanos.
Direitos humanos.
ONU Mulheres Brasil/2016. Duração: 3min 2s. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=hGKAaVoDlSs
A história dos
direitos humanos. Documentário produzido por United for the Human Rights sobre
o processo histórico dos direitos humanos. Duração: 9min 30s. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=uCnIKEOtbfc
Direitos humanos: 3
gerações. Politize!. 2017. Duração: 2min 34s. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=E-QVggVFKD0
Agora vamos a Atividade para ser realizada no cadernoJ
1- O que são
os direitos humanos?
2-Qual a importância dos direitos humanos?
3- Onde estão os direitos humanos no nosso país?
4- Como os direitos humanos são refletidos no nosso
dia a dia?
5- Quais direitos declarados na Declaração Universal
dos Direitos Humanos podemos verificar que são assegurados ou violados em nossa
comunidade?
Agora
, leia atentamente o texto abaixo e realize a atividade a seguir.
Direitos Humanos
para humanos direitos?
Marcio Ruzon Setembro 11, 2019
Direitos Humanos para
humanos direitos? A alienação do homem médio através da opinião publicada.
O título do presente artigo nasce de
uma grande polêmica: O tratamento dispensado aos custodiados do sistema
carcerário brasileiro. As opiniões a respeito do tema se dividem em
duas vertentes:
A primeira basicamente defende a tese
humanista endossada pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, segundo a
qual “todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos”,
de modo que “ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo
cruel, desumano ou degradante”.
A segunda, por sua vez, ostenta um viés
mais radical, simpatizantes à Lei do Talião.
Nos últimos anos, a controvérsia tem
sido fomentada, sobretudo, pelo auxílio reclusão, um benefício pecuniário
concedido pelo Governo Brasileiro aos dependentes do apenado. Determinada
parcela da sociedade demonstra ferrenho repúdio a esse e a outros direitos
conferidos à população carcerária, tidos como um ultraje ao cidadão de bem.
“Ora, o delinquente não considerou os direitos da vítima ao empreender o crime!
”, alegam os adeptos da ideologia do “olho por olho, dente por dente”, para os
quais a garantia de direitos humanos àqueles que violam os direitos alheios
manifesta-se como um verdadeiro absurdo.
De fato, não há como negar que o
sentimento que nos sobrevêm diante de crimes bárbaros é o de vingança. É até
instintivo desejar que o pedófilo, o estuprador e o homicida sejam punidos na
mesma medida dos seus respectivos delitos. Quem não desejaria vê-los padecendo
da mesma dor que suas vítimas? Porém, anseios particulares à parte, há vários
outros aspectos a serem apreciados aqui, pois que, graças às garantias dos
direitos fundamentais, não é bem assim que a coisa funciona. Embora em
princípio possa ser revoltante ver um delinquente gozar de certos benefícios, é
fato que a adoção da mesma “filosofia” violenta do criminoso contra ele próprio
não é por si só uma solução razoável, posto violar os direitos humanos.
O que são Direitos
Humanos?
De acordo com a ONU, os Direitos
Humanos são “direitos inerentes a todos os seres humanos, independentemente
de raça, sexo, nacionalidade, etnia, idioma, religião ou qualquer outra
condição. ”
São considerados direitos inalienáveis,
ou seja, ninguém pode privar o outro desses direitos, além de serem também
irrevogáveis, com um caráter intransmissível e irrenunciáveis.
Quando esses direitos humanos são
firmados em determinado ordenamento jurídico, como no caso da Constituição
Federal Brasileira, eles passam a ser chamados de Direitos Fundamentais.
Como surgiram os
Direitos Humanos?
A primeira forma de Declaração dos
Direitos Humanos na história é atribuída ao Cilindro de Ciro, uma
peça de argila contendo os princípios de Ciro, rei da antiga Pérsia que ao
conquistar a cidade da Babilônia, em 539 a.C. libertou todos os escravos da
cidade, declarou que as pessoas poderiam escolher a sua própria religião e
estabeleceu a igualdade racial.
Com o tempo, surgiram outros
importantes documentos de afirmação dos direitos individuais, como a Petição
de Direito, um documento elaborado pelo Parlamento Inglês em 1628
e posteriormente enviada a Carlos I como uma declaração de liberdades civis.
Já em 1776, foi deflagrado o processo
de independência dos Estados Unidos, contexto em que foi publicada
uma declaração que acentuava os direitos individuais à vida, à liberdade e à
busca pela felicidade e o direito de revolução.
Em agosto de 1789, em meio a Revolução
Francesa, quarenta deputados se empenharam por cerca de uma semana para
elaborar, na Assembleia Nacional, 24 artigos que, após deliberações,
resumiram-se a 17 ali surgindo a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
Séculos depois, após a Segunda Guerra
Mundial, em 1948, a ONU, visando a proteção da humanidade depois das
atrocidades cometidas naquela guerra, resolveu reforçar as garantias nascidas
na França de 1789, dando-lhe eficácia mundial, com a corroboração dos países
que a compunham.
Os Direitos Humanos se apresentam como
garantias históricas, que mudam e se adequam através do tempo, se adaptando as
necessidades de cada momento, sendo vítima também de várias críticas e
deturpações quanto à sua finalidade.
Como a mídia fomenta
a desinformação sobre os Direitos Humanos?
Varjão e colaboradores (2015) denominam
a hipermidiatização da violência como programas “policialescos”, iniciado nos
anos 1970 na TV Tupi e copiado nos anos 1990 pelo SBT, com o Programa Aqui e
Agora. Porém, ressaltam os pesquisadores, esse tipo de noticiário proliferou-se
nos últimos dez anos.
Ferreira (2018) denuncia também que
esse melodrama é uma tendência para programas pretensiosamente jornalísticos e
noveleiros, que colocam telespectadores como cidadãos vítimas de um Estado
falido, o que o autor denomina de “mundo-cão”,
Apresenta Varjão (2015) como barreira
legal para a violação dos Direitos Humanos na mídia brasileira a dicotomia
“liberdade de expressão versus violação da dignidade humana”,
e cita como exemplo dessa violação o Programa Cidade 190, da TV Cidade, de
Fortaleza, que veiculou por 17 minutos imagens do caso de uma menina de 9 anos
que fora estuprada e da âncora do Jornal do SBT, Rachel Sheherazade, que
incitou o linchamento contra um suspeito amarrado num poste no Rio de Janeiro.
Apenas alguns exemplos de como a
imprensa reforça a distorção dos Direitos Humanos com discurso de ódio, dando a
entender, como dito no presente estudo, que tais direitos deveriam apenas
salvaguardar “pessoas de bem”.
Varella (2013) mostra que uma pesquisa
realizada pela Universidade da Columbia em 2002, estimou-se que entre jovens
com idade de 16 a 22 anos (homem ou mulher) , para cada três horas
expostos e expostas à violência televisiva, o risco de se tornarem
violentos aumenta cinco vezes.
Para quem e para quê
servem os Direitos Humanos?
Para Bobbio (2013), os Direitos Humanos
são as ferramentas discursivas, de expressão e norma, que visam á inserção
humana no círculo de reprodução e manutenção da vida, permitindo a abertura de
luta e reivindicação. São processos orgânicos que consolidam a garantia de
lugar de luta particular da manifestação da dignidade humana.
O desserviço prestado pela mídia
concernente à divulgação e esclarecimento sobre os Direitos Humanos forma uma
sociedade alienada que, sem perceber, acabam vítimas da própria desinformação,
pois grande parte dos seus membros, num sistema excludente, carece da proteção
de tais direitos.
Os Direitos Humanos, como função
teleológica, buscam proteger quem já sofre pelas diversas formas de falta de
proteção a qual um ser humano está sujeito, que vai desde o seio familiar, até
garantias sociais, ambientais e culturais. Quanto mais desprotegido, mais alvo
de tal guarida ético-normativa será.
Conclui-se, outrossim, que há
necessidade de se redemocratizar os meios de comunicação para que cumpram a
finalidade de suas concessões, que é levar sim, entretenimento, mas antes de
tudo, que informem com ética e responsabilidade sobre os preceitos normativos
que primam pela emancipação humanitária, que perpassa, indubitavelmente, pelo
fomento à didática e práxis dos Direitos Humanos.
Segue o link ao acesso da versão abreviada da
Declaração dos Direitos Humanos
https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-direitos-humanos
Agora vamos a Atividade para ser realizada no cadernoJ
1- A notícia relata de maneira verídica o que
são os direitos humanos? Porque?
2-
Vocês acham que os direitos humanos devem ser garantidos a apenas uma parcela
da população? Por quê?
3-
Por que vocês acham que os direitos humanos são percebidos, às vezes, de forma
errada pelas pessoas?
4-
Quais são as consequências para a própria ideia de direitos humanos para a
sociedade?
5-Qual a importância dos
direitos humanos?
6- Onde estão os direitos humanos no nosso país?
7- Como os direitos humanos são refletidos no nosso
dia a dia?
8- Quais direitos declarados na Declaração Universal
dos Direitos Humanos podemos verificar que são assegurados ou violados em nossa
comunidade?
BONS
ESTUDOS ;=D
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