SOCIOLOGIA – 1°E - 3ºBIMESTRE PROFESSORA FABIANE AVALIAÇÃO 1
SOCIOLOGIA – 1°E - 3ºBIMESTRE PROFESSORA FABIANE
Data: 11/08/2021 –
ORIENTAÇÕES: as atividades a ser realizadas no caderno, porém, deverão tirar fotos(NÍTIDAS) das atividades feitas e encaminhar para o e-mail: fabianeabbamonte@prof.educacao.sp.gov.br
Adicionando a escola, disciplina, nome completo, número e série.
PS. TODAS VALEM AVALIAÇÃO.
CASO HAJA DÚVIDAS, ENCAMINHEM PARA MEU E-MAIL ou WhatsApp 11- 968362464.
3º BIMESTRE
Olá estimados alun@s,
espero que tod@s estejam bem J
Nossas aulas estarão
relacionadas aos conteúdos do CMSP.
Minhas postagens da disciplina de Sociologia
no BLOG será QUINZENAL e entrega de atividades deverá ser dentro do prazo
solicitado e dúvidas será contínua, de segunda a sexta somente no meu e-mail
anotado acima J
PS. TODAS VALEM AVALIAÇÃO E PRESENÇA!
AVALIAÇÃO 1 – (04
aulas).
ENTREGA: 25/08/2021
Leia abaixo com atenção, respeitando
as virgulas, pontos e exclamação e etc. Pois dessa forma terá melhor
compreensão do texto. Dica: leia conversando com o texto e palavras que
desconheça, pesquise o significado no
dicionário ou google J .
Acho que os jovens têm mais medo
do futuro. Hoje é mais difícil ser jovem que antigamente.
(Cohn-Bendit, Daniel. Um legado de perguntas sem respostas, in: O Globo, Caderno Especial 1968, 11/05/08, p. 2)
A
afirmação acima, proferida por um dos principais líderes estudantis das
manifestações históricas que ocorreram na França, em 1968 – de onde também
extraímos a frase-título deste capítulo –, revela uma avaliação sobre uma
possível diferença entre o ser jovem nos
dias de hoje, no século XXI, e o ser
jovem há mais de quarenta anos. Na verdade, podemos e devemos
perguntar até que ponto é isso mesmo: será que ser
jovem hoje é mais difícil do que antigamente?
Por
quê? O que significa ser jovem no
Brasil, nos dias atuais? Será que as respostas
a estas perguntas seriam as mesmas
em qualquer parte do país, como, por exemplo,
nas capitais ou no interior, na Região
Sul ou nos estados do Nordeste?
Refletir sobre essas questões é um dos temas da Sociologia, ao qual damos o título de:
Identidade
no conceito sociológico, o que é?
A
nossa identidade pode se dizer que seria nossas ideias, as nossas emoções, os
nossos gostos, as nossas crenças, as motivações que temos e as aspirações que
buscamos na vida. Todos estes e outros elementos é que formam de fato a nossa
identidade, que nos transformam em sujeitos, pertencentes a uma determinada
época e lugar, inseridos em um tipo específico de sociedade, construída a
partir de uma determinada História.
Se
entendemos esta questão dessa forma, podemos dizer, portanto, que ser jovem não
é a mesma coisa hoje e há mais de quarenta anos, aqui no Brasil ou na França,
assim como, de forma mais ampla e mais diferenciada, entre as sociedades
ocidentais e uma sociedade em Bali (na Indonésia) ou uma comunidade indígena do
Xingu.
Para
entender melhor o que estamos falando, vamos tomar como exemplo os
acontecimentos que abalaram o mundo em 1968, nos quais a juventude teve um
papel de liderança, de marcante protagonismo.
1968: os jovens comandam uma revolução política e social
Em 1968, os jovens estudantes franceses tomaram as ruas de Paris com palavras de ordem e frases de impacto, tais como:
“Sejam
realistas: exijam o impossível!”
“É
proibido proibir.”
“Abaixo
a sociedade de consumo!”
“A
economia está ferida.
Pois
que morra!”
“Parem
o mundo que
eu
quero descer!”
“Antes
de escrever, aprenda a
pensar.”
“A
barricada fecha a rua,
mas
abre o caminho.”
Esse
ano, na verdade, foi o momento culminante de uma série de mudanças que vinham
ocorrendo nas sociedades ocidentais, desde o final da década de 1950. Essas
mudanças, de caráter social, político e cultural, foram comandadas por jovens:
eles eram os principais líderes da Revolução Cubana, como Fidel Castro, Ernesto
Che Guevara e Camilo Cienfuegos.
Eram
os atores que representavam personagens desafiadores e rebeldes, que pilotavam
suas motos e carros em alta velocidade, como Marlon Brando e James Dean; eram
os músicos que transformaram o rock em um fenômeno mundial, como Elvis Presley,
Chuck Berry e Bill Halley and His Comets. Influenciada por esses
acontecimentos, a década de 1960 assistiu ao surgimento e ao sucesso dos
Beatles e seus cabelos compridos; à permanente rebeldia dos Rolling Stones; à
invenção da minissaia; ao uso das drogas como forma de libertação do
pensamento, da imaginação e da criatividade; e à disseminação do sexo livre,
com a descoberta da pílula anticoncepcional.
Ser
jovem passou a significar, nesse contexto, a afirmação da luta por uma
liberdade plena, contra a “caretice” das gerações mais velhas (os pais e os
avós) e contra todas as formas de opressão política, desde a sociedade de
consumo ocidental, representada pelos Estados Unidos, até as ditaduras
socialistas, representadas pela União Soviética. Assim, a luta pelo “amor
livre” associava-se às manifestações contra a Guerra do Vietnã e contra o
alistamento militar; a luta pela revolução socialista era combinada com a
resistência à invasão soviética da Tchecoslováquia, que pôs fim às reformas
políticas conhecidas como a Primavera de Praga (aproveite para pesquisar a
respeito).
As manifestações estudantis que ocorreram em Paris se espalharam pelo mundo, atingindo cerca de cinquenta países, entre os quais Itália, Polônia e Iugoslávia. Cidades como Madri, Valência, Nova York, Santiago, São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro tiveram suas ruas tomadas.
As
bandeiras de luta eram semelhantes, mas também distintas. Enquanto em Nova York
a luta pela liberdade não poderia ser dissociada da luta contra a guerra, aqui
no Brasil a luta pela liberdade significava posicionar-se contra a ditadura
civil-militar que se instaurara no país em 1964.
Na
cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, o assassinato de um estudante
secundarista,
Edson
Luís, ocorrida em março de 1968, provocou diversas manifestações pelo país, culminando
com a histórica passeata dos Cem Mil, na Cinelândia. Na avaliação do sociólogo Paulo
Sérgio do Carmo: “Diferentemente do movimento francês, que lutava por causas
mais ‘abstratas’, contra o capitalismo, o consumo e a alienação, no Brasil, a
luta se dava contra uma ditadura feroz e com muita disposição para reprimir”
(CARMO, 2003, p. 86). Independentemente do resultado concreto dessas
manifestações – no Brasil, por exemplo, a ditadura não foi derrubada, mas se
tornou ainda mais violenta nos anos seguintes, promovendo perseguições, exílio,
torturas e assassinatos de seus opositores –, todo esse mundo, em permanente ebulição,
sempre sob o comando da juventude, nunca mais seria o mesmo.
A crítica à sociedade de consumo teve como uma de suas consequências o surgimento do movimento ecológico e a denúncia da destruição do meio ambiente como contrapartida do chamado “progresso” e do desenvolvimento econômico e a busca do lucro a qualquer custo. O enfrentamento das diversas formas de opressão permitiu a denúncia do machismo e dos falsos moralismos, até então vigentes, levando à redefinição do papel da mulher na sociedade, que passou a ter uma presença cada vez mais fortalecida no mercado de trabalho, e a luta pela superação de todas as formas de discriminação sexual. Essas lutas, que prosseguem até os dias atuais, tiveram um acentuado impulso nesse período. Elas significaram, também, uma mudança nas concepções sobre as identidades das pessoas, não só dos jovens, como dos membros da sociedade em geral.
Identidade no debate da Sociologia
Entretanto,
o debate sociológico sobre o tema da identidade não é novo. Desde muito tempo, alguns
sociólogos já discutiam os significados do termo “identidade”. Vejamos dois
pensadores que se dedicaram a esse tema: George
Herbert Mead e Erving Goffman.
O sociólogo
americano George Herbert Mead (1863-1931)
dizia que nós somos o que somos porque adquirimos ao longo da vida alguns
traços característicos de nosso “self”, por meio das interações sociais que
estabelecemos com outros indivíduos. Numa tradução mais difundida, o termo em
inglês “self” poderia ser entendido como “si mesmo”. Para Mead, entretanto, a
ideia era concebida como uma referência à existência de um self social, ou
seja, significava que o indivíduo organiza uma série de atitudes sobre o meio
social em que vive e tem condições de adotar, é a consciência que num sujeito
tem de si mesmo. Mas, ele afirmava também que esta consciência só é possível se
o indivíduo estabelecer contatos sociais, não é uma coisa que nasce com ele ou
é um fator biológico ou genético. Você já viu ou ouviu falar do filme O enigma
de Kaspar Hauser, produzido pelo diretor Werner Herzog, que relata um caso real
de um menino alemão, passado em 1820, que teve o seu primeiro contato com
humanos na adolescência e que só aprendeu a falar após esse contato com outras
pessoas? Pois bem, se pensasse neste exemplo, George Mead nos diria que o caso
ilustra como o self é impossível de ser concebido fora de um intercâmbio
simbólico com outras pessoas.
O “self”,
para George Mead, apresenta duas características: o “eu” e o “mim”. O eu refere-se
ao sujeito que age e o mim refere-se a como nos vemos através dos olhos de
outras pessoas. Está complicado? Vamos ver um exemplo: quando vamos a uma festa
sempre nos vestimos de forma adequada ao ambiente, pois sabemos que as pessoas
podem nos julgar pela forma como nos apresentamos. Pois bem, se nos sentimos
confortáveis e elegantes com uma determinada roupa é porque gostamos de estar
de um jeito e também porque sabemos que outras pessoas podem gostar. Mead diz,
portanto, que “o ‘eu’ é a reação do organismo às atitudes dos outros; e o ‘mim’
é a série de atitudes organizadas dos outros que alguém adota” (MEAD, 1973, p.
202).
Outro
sociólogo importante que se debruçou sobre o tema da identidade foi o canadense
Erving Goffman (1922–1982). No seu
livro A representação do eu na vida cotidiana, Goffman sustenta a ideia de que
a vida social do indivíduo, por consequência sua identidade, pode ser entendida
como representação teatral. Como ele argumenta isso? Vamos ler com atenção.
A ação
de um indivíduo em relação a outros não tem somente uma finalidade
instrumental, ou seja, não tem somente um objetivo de fazer algo, mas também é
condicionado pelo modo como este sujeito quer aparecer diante dos outros.
Goffman afirma que quando um indivíduo está diante de outro, ele tem muitas
razões para tentar controlar as impressões que os outros têm dele e da situação
específica dessa relação. Ou seja, podemos dizer que, para Goffman, o indivíduo
e sua identidade são produtos de uma cena que é representada durante uma
determinada situação. Vejamos o que ele mesmo escreve sobre isso:
Quando um indivíduo chega à presença de outros, estes,
geralmente, procuram obter informação a seu respeito ou trazem à baila a que já
possuem. (...) A informação a respeito do indivíduo serve para definir a
situação, tornando os outros capazes de conhecer antecipadamente o que ele
esperará deles e o que dele podem esperar. Assim informados, saberão qual a
melhor maneira de agir para dele obter uma resposta desejada.
(GOFFMAN,
1975, p.11)
Em
outro trecho, ele também explica:
A sociedade está organizada tendo por base o princípio de que
qualquer indivíduo que possua certas características sociais tem o direito
moral de esperar que os outros o valorizem e o tratem de maneira adequada.
Ligado a este princípio há um segundo, ou seja, de que um indivíduo que
implícita ou explicitamente dê a entender que possui certas características
sociais deve de fato ser o que pretende que é.
Consequentemente, quando um indivíduo projeta uma definição da
situação e com isso pretende, implícita ou explicitamente, ser uma pessoa de
determinado tipo, automaticamente
exerce uma exigência moral sobre os outros, obrigando-os a
valorizá-lo e a tratá-lo de acordo com o que as pessoas de seu tipo têm o
direito de esperar.
(GOFFMAN, 1975, p.21)
Como
se vê, a ideia de identidade de Goffman é muito parecida com a de George
Mead. Em ambas, segundo eles, pode-se afirmar que os indivíduos assumem diversas identidades, dependendo de uma determinada situação social em que estes mesmos indivíduos se encontram.
Voltando aos jovens: quais são as suas identidades?
Começamos este capítulo refletindo sobre uma determinada juventude
que viveu nos anos 1960. Mas e os jovens de hoje no Brasil? Podemos dizer que
eles têm uma identidade? Ou será que eles têm várias identidades?
O sociólogo brasileiro e professor da Universidade Federal de
Minas Gerais Juarez
Dayrell parte da ideia de uma “condição juvenil” atual, abordando
tudo o que pode ser entendido como culturas, demandas e necessidades da
juventude. Ou seja, segundo Dayrell, precisamos entender as manifestações
cotidianas e seus símbolos como a amostra de uma maneira
de ser jovem. O que este sociólogo destaca é que uma parcela da juventude, que
predominantemente no Brasil frequenta as escolas públicas, é pobre e vive nas
periferias das grandes cidades.
Para Juarez Dayrell – num artigo que escreveu juntamente com
Juliana Reis –, a juventude é uma definição que é socialmente construída, sendo
marcada por variadas condições sociais, culturais, de gênero e geográficas, ou
seja, há jovens de diversas classes, etnias, religiões, com determinados
valores, dentre outros aspectos. Além de serem marcados pela diversidade, as identidades
da juventude são dinâmicas, ou seja, transformam-se de acordo com o tempo (cf
DAYRELL; REIS, 2007).
A categoria de “condição juvenil”, segundo Dayrell e Reis,
“refere-se ao modo como uma sociedade constitui e atribui significado a esse
momento do ciclo da vida, no contexto de uma dimensão histórico-geracional, mas
também à A primeira delas é a dimensão do trabalho.
Este é
um desafio cotidiano para muitos jovens e, para muitos, é a garantia da própria
sobrevivência, na qual eles buscam uma gratificação imediata e um possível
projeto de futuro. Para muitos jovens, ser jovem é viver o trabalho, para
garantirem um mínimo de recursos financeiros para se divertir, namorar ou
consumir.
A
segunda dimensão é a cultural. Ou seja, “eles são jovens, amam, sofrem,
divertem-se, pensam a respeito das suas condições e de suas experiências de
vida, posicionam-se diante dela, possuem desejos e propostas de melhorias de
vida” (DAYRELL; REIS, 2007, p. 5). Na vida dos jovens, aquilo que chamamos de
simbólico, em nossas relações sociais, tem sido cada vez mais utilizado por
milhões de jovens brasileiros como uma maneira de se comunicarem e de se posicionarem
diante da sociedade e até de si mesmos.
A
terceira é uma dimensão que pode ser chamada de sociabilidade. De acordo com muitos
estudos sociológicos brasileiros, há uma importância grande nesta dimensão
quando pensamos sobre as identidades dos jovens, pois, entre seus pares, amigos
e colegas, no lazer, na diversão, nas escolas ou no trabalho, “a turma de
amigos é uma referência na trajetória da juventude: é com quem fazem os
programas, ‘trocam ideias’, buscam formas de se afirmar diante do mundo adulto,
criando um ‘eu’ e um ‘nós’ distintivo” (DAYRELL; REIS, 2007, p. 6).
Esses
autores falam sobre outras dimensões não menos importantes, tais como os
espaços que são construídos como lugares “só de jovens” e a dimensão da “transição
para a vida adulta”. Esta significa, nas palavras desses autores, que
(...)
a vida constitui-se no movimento, em um trânsito constante entre os espaços e
tempos institucionais, da obrigação, da norma e da prescrição, e aqueles intersticiais,
nos quais predomina a sociabilidade, os ritos e símbolos próprios, o prazer. É
nesse trânsito, marcado pela transitoriedade, que vão se delineando as trajetórias
para a vida adulta. É nesse movimento que se fazem, construindo modos próprios
de ser jovem. Podemos dizer que, no Brasil, o princípio da incerteza domina a
vida dos jovens, que vivem verdadeiras encruzilhadas de vida, nas quais as
transições tendem a ser ziguezagueantes, sem rumo fixo ou pré-determinado.
(DAYRELL;
REIS, 2007, p. 8)
Em síntese, pode-se dizer que a vida dos jovens é um momento de transição, apresentando-se como um constante vai e vem entre os prazeres da juventude e a vida rígida das obrigações adultas.
Existe uma identidade
brasileira?
Agora, vamos conversar um pouco sobre a ideia de identidade no
Brasil. Você acha que, diante de tudo que levantamos até agora, poderíamos falar
na existência, de alguma forma, de uma determinada “identidade brasileira”?
Poderíamos dizer que sim, até determinado ponto, se considerarmos
uma série de características culturais que se fazem presentes nas manifestações
da maioria da população como, por exemplo, nas suas tradições religiosas ou nas
suas opções esportivas (como é o caso do futebol). Deve-se perceber, porém,
que, assim como em outros países, essas tradições são todas elas construídas ou
“inventadas”, em um determinado momento da nossa História. Como assim? O que
estamos querendo dizer com isso?
Pegando como exemplo o futebol, se resolvermos fazer uma pesquisa
sobre a história do futebol no Brasil, descobriremos que ele foi trazido para o
nosso país por ingleses, entre o finalzinho do século XIX e o início do século XX.
Naquela época, tomando como exemplo a capital do país, a cidade do Rio de
Janeiro, o esporte mais popular eram as regatas – as corridas de embarcações
(canoas) pilotadas por remadores, na Lagoa Rodrigo de Freitas.
Somente com a passagem de algumas décadas é que o futebol acabou
virando o esporte mais popular do Rio e também do Brasil. Se pensarmos em outros
países, como é o caso dos EUA, o futebol (chamado de soccer), apesar de sua origem inglesa (football), até hoje não é o esporte mais popular.
Outras identidades culturais são construídas e desconstruídas, de
acordo com a época histórica, de acordo com os interesses políticos.
Na década de 1930, por exemplo, o sociólogo pernambucano Gilberto
Freyre formulou a ideia de que o Brasil seria um modelo de “democracia racial”
para todo o mundo, em que brancos e negros viveriam harmoniosamente,
inexistindo a prática do racismo. A partir da década de 1950, no entanto,
outros sociólogos, entre os quais os paulistas Florestan Fernandes e Octavio
Ianni, demonstraram, através de diversas pesquisas patrocinadas pela UNESCO –
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – que essa
ideia de Freyre não passava de um mito,
sem qualquer sustentação na dura realidade vivenciada pelos afrodescendentes
brasileiros. Por fim, num país que apresenta extremos
de desigualdade social e de concentração de renda, como é o nosso, não se pode falar na existência de uma determinada identidade cultural que “unifique” a maioria dos indivíduos, seus habitantes. Podemos, sim, dizer que existem identidades de classe social ou de grupos sociais específicos. Assim, os jovens estudantes de uma escola pública no interior de Pernambuco apresentam características bem distintas dos jovens estudantes de uma escola privada frequentada pela burguesia paulistana. Poderíamos falar em “identidades jovens” semelhantes nestes dois casos? Mesmo considerando o poder e a expansão cada vez maior da internet nos dias atuais? Está aí um bom tema para iniciarmos o debate.
Atividade para ser realizada no caderno:
1. Podemos dizer que os jovens têm muitas
identidades ou podemos afirmar que existe uma definição única de ser jovem? Justifique.
2. O que dizem sobre o conceito de
identidade os pensadores George Mead e Erving Goffman?
3. Quais são as dimensões do ser jovem no
Brasil, segundo o sociólogo Juarez Dayrell?
4. Converse com pessoas mais velhas, como seus parentes, questionando
os acerca das memórias que eles têm sobre o que significa “ser jovem” no tempo deles
e o que eles acham que é ser jovem nos dias de hoje. Pergunte sobre os
interesses deles em questões sociais e políticas e sobre hábitos de consumo a
época que eles eram jovens. Anote as informações e responda as seguintes
questões:
a- O que há de comum e de diferente entre as
pessoas que vocês entrevistaram?
b- A que se devem essas diferenças e semelhanças?
c- Em sua opinião, há semelhanças entre ser jovem hoje e em outras épocas? Por que?
BONS ESTUDOS ;=D
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