SOCIOLOGIA – 1°E - 2ºBIMESTRE PROFESSORA FABIANE AVALIAÇÃO 2

 - SOCIOLOGIA –  1°E - 2ºBIMESTRE PROFESSORA FABIANE

Data: 18/05/2021

ORIENTAÇÕES: as atividades a ser realizadas no caderno, porém, deverão tirar fotos(NÍTIDAS) das atividades feitas e encaminhar para o e-mail: fabianeabbamonte@prof.educacao.sp.gov.br 

Adicionando a escola, disciplina, nome completo, número e série.

PS. TODAS VALEM AVALIAÇÃO e PRESENÇA!

CASO HAJA DÚVIDAS, ENCAMINHEM PARA MEU E-MAIL ou WhatsApp 11- 968362464.

 

2º BIMESTRE

Olá estimados alun@s, espero que tod@s estejam bem J 

Nossas aulas estarão relacionadas aos conteúdos do CMSP.

Minhas postagens da disciplina de Sociologia no BLOG será QUINZENAL e entrega de atividades deverá ser dentro do prazo solicitado e dúvidas será contínua, de segunda a sexta  somente no meu  e-mail  anotado acima J


ATIVIDADES SEMANAIS – (04 aulas). AVALIAÇÃO 2

ENTREGA: 01/06/2021

Leia abaixo com atenção, respeitando as virgulas, pontos e exclamação e etc. Pois dessa forma terá melhor compreensão do texto. Dica: leia conversando com o texto J .

Você estudará uma temática relevante para as ciências sociais: a cultura. Buscar compreender a cultura do ponto de vista das ciências sociais o levará a diversos estudos e reflexões sobre as sociedades contemporâneas. Portanto, é a partir dessa óptica que você vai conhecer os conceitos de cultura e sociedade de massa, buscando refletir sobre seus efeitos na dinâmica das relações vivenciadas atualmente.

O que é cultura? A palavra cultura é bastante utilizada em nosso dia a dia. Ela pode se referir a uma pessoa, quando se trata de alguém com bastante conhecimento, ou a uma sociedade, expressando características específicas de determinado país ou localidade, mas também se relaciona a um conjunto de atividades vinculadas ao lazer das pessoas.

Significados da cultura

O tema da cultura é sistematicamente estudado pelas ciências sociais. Antropólogos e sociólogos se esforçam para compreender e formular análises sobre o desenvolvimento dos diferentes grupos humanos habitantes do planeta, no passado e no presente.

É importante dizer que o termo cultura, tal como concebido e utilizado pelos cientistas sociais, difere da noção de cultura usada pelo senso comum. As pessoas em geral costumam usar o termo relacionado ao conjunto de conhecimentos dos indivíduos, referindo-se àqueles que sabem muito, que possuem muitos anos de escolaridade, ou, ainda, para designar uma produção agrícola: cultura de arroz, cultura de milho etc.

Para as ciências sociais, no entanto, cultura é um conceito mais amplo, pois essas ciências a consideram um fenômeno histórico – portanto, algo que se modifica e se reconstrói de acordo com as mudanças vivenciadas nos contextos das diversas sociedades e dos diferentes agrupamentos sociais. Assim, a cultura não é estática, nem acabada. Ao contrário, trata-se de um fenômeno que está em constante mutação, acompanhando a dinâmica das relações humanas.

Pode-se dizer, então, que, para as ciências sociais, pensar em cultura é pensar em termos de conhecimentos, significados e formas de explicar o mundo e nosso cotidiano, ou seja, é um esforço de interpretar e compreender as diversas culturas dos diferentes agrupamentos humanos.

Resumindo, é importante destacar que o senso comum, em geral, vê a cultura como um “pacote fechado” de conhecimentos, que todos deveriam ter e que é sempre o mesmo, independentemente do contexto histórico e social em que vive cada grupo ou cada sujeito. Mas, para a Antropologia, a cultura é um fenômeno vivido de maneiras distintas pelos grupos sociais, e que vai sempre se alterando, de acordo com as mudanças presentes na vida em sociedade.

Portanto, pensar sobre o que é cultura leva a refletir sobre a condição social do homem, ou seja, sobre o fato de ele viver em sociedade. Uma importante pergunta a se fazer é: Como se organizam as sociedades ou os agrupamentos sociais? De forma bastante ampla, é possível dizer que a cultura de cada povo é o que define e organiza seu modo de viver e conviver em grupo.

Assim, o termo cultura adquire significado diferente daquele do senso comum, pois todo indivíduo tem cultura. Essa interpretação é possível pelo fato de todo indivíduo pertencer a um determinado grupo social que tem uma cultura específica, composta de símbolos, valores e crenças, modos de ver o mundo, costumes e comportamentos compartilhados por todos os integrantes desse mesmo grupo.

A cultura é uma espécie de herança social, por meio da qual ocorre a transmissão de saberes, de conhecimentos e práticas sociais, transmitidos de geração a geração.

Ao longo dos últimos dois séculos, diversos antropólogos se dedicaram ao estudo dessa temática.

Um dos marcos iniciais na elaboração dos estudos antropológicos sobre cultura, que data do século XIX, é a obra de Edward Burnett Tylor, que organiza uma definição de cultura tendo como base um conjunto bastante amplo de elementos presentes em determinada sociedade. Segundo tal definição, esses elementos correspondem ao conjunto de conhecimentos, crenças, hábitos, moral e costumes reconhecidos e praticados pelos indivíduos em uma sociedade. Nesse sentido, por abarcar todos esses elementos, sua teoria é conhecida como universalista, ou seja, que incorpora o todo da vida social humana em uma definição de cultura.

Os antropólogos que vieram depois procuraram se afastar de uma concepção universalista, buscando uma visão mais particular desse conceito. Inaugurou-se, então, uma fase em que a concepção de cultura e de estudo dos diversos povos não estava mais centrada na comparação entre diferentes povos, mas na consideração de que cada um deles e sua respectiva cultura se desenvolviam de forma independente, tendo em vista a própria história.

Esse é o caso de Franz Boas, cuja grande contribuição foi a defesa de que as diferenças entre os povos não poderiam se basear em diferenciações biológicas, mas, sim, nas especificidades culturais de cada um. Foi isso que esse antropólogo buscou demonstrar em suas diversas pesquisas etnográficas, que muito contribuíram no início do século XX para o entendimento da diversidade cultural.

A reflexão sobre o respeito às diferenças culturais levou esse estudioso a refletir a partir de dois conceitos: etnocentrismo relativismo cultural, que ainda nos dias atuais são importantes para se pensar sobre os diversos povos das diferentes culturas.

Etnografia: Forma específica de fazer pesquisa e coletar dados, com base na observação direta e in loco da realidade em estudo. Essa maneira de investigar nasceu com a Antropologia, quando pesquisadores começaram a frequentar diferentes sociedades, como tribos indígenas, para observar e descrever seus modos de vida. Atualmente, o método etnográfico é também utilizado por outras áreas do conhecimento como método de pesquisa.

Importante!

O termo etnocentrismo refere-se ao fato de uma cultura ser considerada superior a outra, ou seja, quando indivíduos pertencentes as determinadas culturas julgam ser esta a mais evoluída (o centro), desconsiderando as demais ou classificando-as como inferiores. Em oposição a essa concepção está o relativismo cultural, em que se respeita as características das diferentes culturas e suas especificidades, valorizando-as. Esses são conceitos importantes para a análise das sociedades, pois permitem discutir questões como intolerância e preconceito, que podem ser fruto de uma visão etnocêntrica.

Veja a seguir a síntese do pensamento e das contribuições mais significativas de alguns dos principais pensadores da Antropologia sobre o tema cultura. É importante que você perceba que, são utilizados trechos dos próprios autores/ antropólogos, para que você se aproxime ainda mais do conhecimento e da linguagem própria dessa área das ciências sociais.

Edward Burnett Tylor (1832-1917) – sua principal obra foi Cultura primitiva, lançada em 1871.

Para esse autor, conforme suas próprias palavras, “cultura civilização, tomadas em seu sentido etnológico mais vasto, são um conjunto complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, o direito, os costumes e as outras capacidades ou hábitos adquiridos pelo homem enquanto membro da sociedade” (citado em CUCHE, 2002, p. 35). Essa definição é considerada pelos antropólogos uma visão bastante ampla do que seja cultura, ou, como se convencionou chamar, uma definição universalista do termo.

 

Franz Boas (1858-1942) é considerado o criador da etnografia, o primeiro a utilizar a observação direta como método de pesquisa sobre diferentes culturas.

A base de sua teoria está no fato de que, para ele, a diferença entre os povos, entre os grupos humanos, não é biológica, mas cultural. Outra importante contribuição desse autor é a concepção de relativismo cultural: “[...] mesmo que não tenha sido ele o primeiro a pensar a relatividade cultural [...]. A fim de escapar de qualquer forma de etnocentrismo no estudo de uma cultura particular, recomendava abordá-

la [...] sem aplicar suas próprias categorias para interpretá-la [...]” (CUCHE, 2002, p. 44).

Bronislaw Malinowski (1884-1942), conhecido como fundador do funcionalismo antropológico, realizou longos estudos etnográficos, tendo como um de seus principais trabalhos a pesquisa de povos nativos da Austrália.

Esse autor é responsável pelo desenvolvimento de uma teoria que ficou conhecida como funcionalista. Para Malinowski, cada cultura deve ser observada nos diferentes elementos que a formam, cuja função é satisfazer as necessidades essenciais dos homens. E cada cultura deve ser compreendida pelas relações que esses elementos estabelecem entre si e que, para ele, formam as instituições. Cultura é o “[...] conceito central para Malinowski, que designa as soluções coletivas (organizadas) às necessidades individuais. As instituições são os elementos concretos da cultura, as unidades básicas de qualquer estudo antropológico, e não os ‘traços’ culturais [...].” (CUCHE, 2002, p. 72-73).

Assim, diferentemente de Boas, esse antropólogo compreende que os principais objetos de estudo da

Antropologia devem ser as instituições (econômicas, políticas, educacionais etc.) e as relações que elas tecem com a sociedade da qual fazem parte.

Margaret Mead (1901-1978) foi uma das primeiras mulheres a se destacar na Antropologia e realizou seus estudos mais importantes analisando três diferentes povos da Oceania.

A Antropologia desenvolvida por essa autora está orientada pela

“[...] maneira como um indivíduo recebe sua cultura e as consequências que isto provoca na formação de sua personalidade. Ela coloca no centro de suas reflexões e suas pesquisas o processo de transmissão cultural e de socialização da personalidade[...] Deste modo, a personalidade individual não se explica por seus caracteres biológicos (por exemplo, [...] o sexo), mas pelo ‘modelo’ cultural particular a uma dada sociedade que determina a educação da criança. Desde os primeiros instantes de vida, o indivíduo é impregnado deste modelo, por todo um sistema de estímulos e de proibições formulados explicitamente ou não. Isto o leva, quando adulto, a se conformar de maneira inconsciente com os princípios fundamentais da cultura. ” (CUCHE, 2002, p. 79 e 81).

Claude Lévi-Strauss (1908-2009) tem importância indiscutível nos estudos antropológicos. Nascido na Bélgica, desenvolveu seus estudos e carreira na França. Durante três anos deu aulas no Brasil, na

Universidade de São Paulo (USP). Suas principais obras são: Tristes trópicosAs estruturas elementares do parentesco Antropologia estrutural.

Esse autor é responsável pelo desenvolvimento de outra corrente analítica na Antropologia, denominada estruturalista. Segundo ele,

“Toda cultura pode ser considerada como um conjunto de sistemas simbólicos. No primeiro plano destes sistemas colocam-se a linguagem, as regras matrimoniais, as relações econômicas, a arte, a ciência, a religião. Todos estes sistemas buscam exprimir certos aspectos da realidade física e da realidade social, e mais ainda, as relações que estes dois tipos de realidade estabelecem entre si e que os próprios sistemas simbólicos estabelecem uns com os outros. ” (citado em CUCHE, 2002, p. 95).

Além disso, seus estudos e reflexões se diferenciam pelo esforço para compreender não apenas as particularidades e especificidades das diferentes culturas, mas de procurar aquilo que é comum a todas elas, portanto, estruturante.

Dessa forma, “A antropologia estrutural assume como tarefa encontrar o que é necessário para toda a vida social, isto é, os elementos universais culturais [...]” (CUCHE, 2002, p. 98).

Após lerem o texto, assistam a vídeo-aula abaixo, para melhor compreender os conceitos: Etnocentrismo/Relativismo !

https://www.youtube.com/watch?v=QdRBL0IvtbQ

 

ATIVIDADE NO CADERNO! Copiar e responder!

Com base nos textos lidos e a vídeo aula, responda às seguintes questões:

 

1-     Defina Cultura de acordo com o senso comum e segundo o sentido antropológico.

 

2-     Explique com suas palavras o que é etnocentrismo.

 

3-     Qual é o nome da teoria desenvolvida por Franz Boas? Escreva, com suas palavras, o que você compreendeu a respeito dessa teoria.

 

4-     Explique a diferença entre etnocentrismo e relativismo cultural.

 

5-     Intolerância: a dificuldade de conviver com as diferenças provoca isolamento e cultura do medo. A dificuldade em aceitar diferenças faz com que se veja uma ameaça naquele que não é um semelhante, o que como consequência gera um isolamento de grupos. Exemplos de situações como essa são o isolamento de minorias historicamente excluídas, como os negros e os índios.

Embora os conceitos de etnocentrismo relativismo cultural tenham sido elaborados pela Antropologia há quase 100 anos, permanecem relevantes para a reflexão sobre as sociedades contemporâneas. Faça uma pesquisa em livros, jornais e na internet sobre um exemplo de intolerância cultural; anote os resultados e escreva em seu caderno uma reflexão sobre o que estudou. (MÍNIMO, 30 LINHAS J )

BONS ESTUDOS   ;=D

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