SOCIOLOGIA – 1°E - 2ºBIMESTRE PROFESSORA FABIANE
- SOCIOLOGIA – 1°E - 2ºBIMESTRE PROFESSORA FABIANE
Data: 04/05/2021
ORIENTAÇÕES: as atividades a ser realizadas no caderno, porém, deverão tirar fotos(NÍTIDAS) das atividades feitas e encaminhar para o e-mail: fabianeabbamonte@prof.educacao.sp.gov.br
Adicionando a escola, disciplina, nome completo, número e série.
PS. TODAS VALEM AVALIAÇÃO.
CASO HAJA DÚVIDAS, ENCAMINHEM PARA MEU E-MAIL ou WhatsApp 11- 968362464.
2º BIMESTRE
Olá estimados alun@s,
espero que tod@s estejam bem J
Nossas aulas estarão
relacionadas aos conteúdos do CMSP.
Minhas postagens da disciplina de Sociologia
no BLOG será QUINZENAL e entrega de atividades deverá ser dentro do prazo
solicitado e dúvidas será contínua, de segunda a sexta somente no meu e-mail
anotado acima J
PS. TODAS VALEM AVALIAÇÃO E PRESENÇA!
ATIVIDADES SEMANAIS – (04 aulas). AVALIAÇÃO 1
ENTREGA: 17/05/2021
Leia abaixo com atenção, respeitando
as virgulas, pontos e exclamação e etc. Pois dessa forma terá melhor
compreensão do texto. Dica: leia conversando com o texto J .
As relações sociais
O objetivo desta aula é ampliar e aprofundar a discussão sobre
as relações sociais do ponto de vista da análise sociológica. Como essas
relações são construídas?
Quais são os elementos ou as esferas da vida em sociedade que
contribuem para a construção e para a permanência dessas relações?
Vimos até aqui sobre o
reconhecimento de que o ser humano é um ser social e que a compreensão dessa
dimensão, da relação indivíduo/sociedade, é objeto de análise da Sociologia.
Agora, o objetivo é entender como, por meio de um fenômeno
denominado processo de socialização, os indivíduos tornam-se parte de determinados grupos sociais que compõem a sociedade como um todo.
Além disso, você vai compreender quanto a vida em sociedade está baseada em um conjunto de estruturas e regras que seguimos e às quais vamos nos adaptando, sem muitas vezes questionar ou problematizar a ordem vigente.
Processos de socialização
Neste tema, você estudará o que na Sociologia é chamado processos de socialização e poderá compreender como eles ocorrem e são importantes para a
realização de uma análise que tem como objetivo desnaturalizar os fenômenos
sociais.
Essa análise possibilitará a compreensão dos diferentes papéis desempenhados pelos grupos sociais e pelos indivíduos na sociedade.
Você já parou para pensar que alguns comportamentos amplamente
aceitos em nossa sociedade nem sempre foram assim? Tome um exemplo para
ilustrar essa reflexão: o casamento. Na atualidade, os indivíduos da maioria
das sociedades ocidentais possuem liberdade para decidir se querem ou não
casar, mas, principalmente, estão livres para escolher quem será seu
companheiro ou sua companheira.
Mas isso nem sempre foi assim. Ao analisar historicamente o
comportamento das sociedades, é possível encontrar padrões diferentes que foram
dominantes em outras épocas, como os casamentos definidos pelos interesses dos
pais dos futuros noivos e noivas, casamentos determinados por relações
religiosas ou étnicas, os casamentos orientados por interesse político e
econômico (como acontecia entre os reinos ao longo da Idade Média e da Idade
Moderna.
Em vários países, foi reconhecido o direito de casamento homoafetivo (ou seja, entre pessoas do mesmo sexo). No Brasil, o Conselho Nacional de Justiça aprovou, em 2013, uma resolução que obriga a todos os cartórios civis a realizarem essa forma de união, conferindo a ela os mesmos direitos e deveres previstos no casamento entre homens e mulheres.
PS. Socialização: Transmissão e assimilação (aprendizagem e incorporação) de um conjunto de valores e normas determinado pela sociedade na qual cada indivíduo se insere.
SO papel da socialização
Agora seu foco será no entendimento daquele que é o primeiro
momento de construção da relação entre o indivíduo e a sociedade, o chamado
processo de socialização.
Esse processo, pelo qual todos passam desde o dia do nascimento,
acontece à medida que os indivíduos vão interagindo entre si e com diferentes
grupos sociais na construção das relações cotidianas tecidas ao longo de suas
vidas.
Assim, a constante interação dos indivíduos com inúmeros grupos
sociais faz com que eles adquiram e incorporem determinado conjunto de hábitos,
regras e valores que os acompanhará por toda a vida, e que também poderá se
transformar de acordo com a vivência de cada um.
No entanto, é importante destacar que esses processos acontecem
de acordo com as especificidades e as características históricas, culturais,
econômicas, políticas
etc. de cada sociedade. Diferenças também podem ser encontradas
dentro de uma mesma sociedade, o que significa que ocorrem diversos processos
de socialização, que podem acabar até mesmo produzindo desigualdades sociais,
como você pode ver nas imagens a seguir.
Retomando o pensamento dos autores clássicos da Sociologia para
a análise dos processos de socialização, é possível definir o processo de socialização
como um fato social, do ponto de vista do conceito de Durkheim.
É por meio desse processo de socialização que os valores e as
normas da sociedade são transmitidos, garantindo assim a permanência e a
continuidade dos agrupamentos sociais e das comunidades.
Já em uma abordagem mais crítica, utilizando a categoria de
classe social em Marx, pode-se compreender que a construção das relações
sociais na sociedade capitalista tem como base essa própria divisão, que está
calcada na estrutura do modo de produção e é sob essa condição que se dá a
socialização dos indivíduos.
A família no processo de socialização
O primeiro grupo social ao qual os indivíduos estão ligados é a
família; ela tem papel fundamental e primordial no seu processo de
socialização. Por isso, neste momento, você vai conhecer o conceito de família
com o qual a Sociologia trabalha, em razão de sua relevância para a compreensão
do fenômeno da socialização e das dinâmicas das relações sociais vivenciadas
por todos.
Para a Sociologia, família é um grupo constituído por meio de
relações sociais, além de ser o espaço primeiro de ensino e de aprendizagem das
crianças, processo nomeado de socialização primária. A noção de família pode variar conforme o momento histórico
vivenciado e também de acordo com a tradição e os costumes de diferentes
culturas.
Não se trata de definir um tipo ideal de família (certo ou errado), não é essa a intenção da abordagem sociológica. O que se pretende ao estudá-la é compreender as relações que se estabelecem com base em sua formação e qual é seu papel na produção dessas relações.
Tomando como exemplo as mudanças nos arranjos familiares no
século XX, pode-se tornar mais clara essa reflexão.
No final do século XIX e início do XX, houve no Brasil um forte fluxo migratório, com a vinda de milhares de famílias, sobretudo italianas, para o trabalho na produção cafeeira, força de trabalho estrangeira que substituiria os braços dos escravos recém-libertos.
Era bastante comum, naquela época, observar todos os membros das
famílias numerosas trabalhando nas lavouras de café, até mesmo as crianças. Uma
possível reflexão, após essa constatação, é que a própria composição da família
guardava íntima relação com as situações de trabalho vivenciadas por esses
imigrantes.
É claro que não se pode dizer que esse era o único fator
determinante naquela época para que as famílias fossem mais numerosas. No
entanto, essa é uma das características possíveis para análise quando se pensa
na socialização e no papel da família nesse processo.
Ao trazer essa reflexão para a atualidade, é possível fazer a
mesma análise considerando as transformações observadas na composição das
famílias que vivem nos grandes centros urbanos sob a perspectiva das relações
de trabalho.
Importante refletir:
No Brasil, nas duas últimas décadas, o desenvolvimento das
políticas públicas (ações do governo) levou em consideração importantes
mudanças na composição das famílias brasileiras. Dados das principais pesquisas
estatísticas informam que o número de mulheres chefes de família cresceu nos
últimos anos: em 1995, 22,09% dos domicílios tinham as mulheres como chefe de
família e, já em 2012, chegou-se a 38,1%
(Fontes: PNAD/IBGE, 1995 e IBGE. Disponível em: <http://ipea.gov.br/retrato/indicado res_chefia_familia.html>. Acesso em: 27 out. 2014.).
A demonstração dessa mudança fez com que diferentes esferas de
governo (federal e estadual) considerassem essa nova realidade, como são os
casos do Programa Bolsa Família e do Programa Auxílio Moradia da Companhia de
Desenvolvimento
Habitacional e Urbano (CDHU), órgão vinculado à Secretaria da
Habitação do Governo do Estado de São Paulo, que priorizam o atendimento de
mulheres chefes de família.
Os processos de mudanças nas sociedades
Foram grandes as transformações pelas quais a sociedade passou
desde o século XVIII, que resultaram na consolidação do sistema capitalista.
É claro que essas mudanças não aconteceram de forma abrupta,
repentina, como se em um dia o mundo dormisse sob o regime feudal, com seus
reis, rainhas, nobres e servos, e acordasse no dia seguinte sob o regime
capitalista, com burguesia, operários e muitas monarquias se transformando em
repúblicas.
As transformações, bem como as permanências (aquilo que não
mudou), ocorreram ao longo do tempo como um processo de avanços e recuos, como
afirma o dito popular: “Dois passos pra frente e um pra trás”.
Um importante sociólogo alemão contemporâneo, chamado Norbert
Elias
(1897-1990), desenvolveu em suas obras o conceito de processos de longa duração, justamente para definir essas grandes transformações pelas
quais a sociedade passou, e ainda passa, no decurso de sua história.
Na perspectiva do autor, o mundo encontra-se sempre em mudança
e, em suas próprias palavras, essa mudança “não segue uma linha reta”
São esses constantes avanços e recuos que vão definir o sentido
das mudanças.
Mas como pensar o papel de cada indivíduo nessas mudanças?
Para Norbert Elias, é preciso considerar, ao mesmo tempo, as transformações mais gerais pelas quais passam as sociedades e aquelas ocorridas nos indivíduos que a compõem.
Leia a seguir um trecho escrito pelo autor.
Assim, cada pessoa singular está realmente
presa; está presa por viver em permanente dependência [...] de outras; ela é um
elo nas cadeias que ligam outras pessoas, assim como todas as demais, direta ou
indiretamente, são elos nas cadeias que a prendem. Essas cadeias não são
visíveis e tangíveis, como grilhões de ferro. São mais elásticas, mais
variáveis, mais mutáveis, porém não menos reais, e decerto não menos fortes. E
é a essa rede de funções que as pessoas desempenham uma sem relação a outras, a
ela e nada mais, que chamamos “sociedade”.
ELIAS, Norbert. A sociedade dos indivíduos. Rio de Janeiro: Zahar, 1994, p. 23.
Portanto, o que o autor defende é que indivíduos e sociedade não podem ser pensados de forma separada, pois existe uma relação permanente entre ambos, uma relação de dependência, ou como Norbert Elias denominou: uma relação de interdependência.
Assista esse
vídeo aula abaixo :
https://www.youtube.com/watch?v=3pwobh5vI3U
Responda no seu caderno:
Observe a seguir os dois conjuntos de imagens.
Agora, com base na observação das imagens e tendo em vista o que
você estudou sobre a socialização e o papel da família nesse processo,
responda:
1- As mulheres são formadas pela família e pela sociedade para
realizar qual (is) tipo (s) de trabalho? Por quê?
2- E quanto aos homens: a sociedade, a família, formaria um filho
para ser “dono de casa”? Por quê?
3-
As transformações vivenciadas em nossa sociedade atual, sejam
elas relacionadas ao trabalho, à cultura, à economia, à política etc., também
atingem a organização das famílias e, consequentemente, revelam-se no processo
de socialização que elas exercem. Reflita a esse respeito e registre sua
reflexão sobre mudanças na constituição e arranjos familiares.
4-
Considerando seus conhecimentos sobre os processos de
socialização, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).
a) As redes
de amizade não podem ser consideradas agentes de socialização, uma vez que,
para ter amigos, é necessário aos seres humanos já estarem plenamente
integrados à vida social.
b) A
comunicação humana é um dos elementos de socialização. Ela é o produto e também
um meio de interação social. Ela depende, em grande parte, da capacidade de
imaginar e de se colocar no lugar do outro para entender o ato comunicativo.
c) A
socialização é um processo restrito à infância. Os papéis sociais aprendidos
nos primeiros anos de vida são os que permanecem e se reproduzem nas
instituições sociais.
d) É
possível dizer que a socialização começa logo após o nascimento. Ao chorarem,
por exemplo, as crianças interagem com os pais, que lhes providenciam alimento,
consolo ou afeição. Tanto para a sociologia quanto para a psicologia, esses são
os primeiros movimentos em direção à construção do self, um conjunto de
atitudes e de ideias sobre a própria existência e sobre a relação com os outros.
e) Apenas
relações face a face podem ser consideradas relevantes nos processos de
socialização. Os meios de comunicação de massa ou as recentes tecnologias
digitais, embora muitas vezes chamados de interativos, não caracterizam formas
significativas de socialização.
RACISMO CIENTÍFICO
O racismo
cientifico é uma corrente de ideias que busca justificar o racismo a partir dos
conceitos científicos. O racismo é uma forma de discriminação de pessoas por suas
características fenotípicas associadas às suas características socioculturais,
como se ambas derivassem dos elementos biológicos do ser humano, e não se uma
construção histórico-cultural.
Com o termo
Racismo se entende, não a descrição da diversidade das raças ou os grupos étnicos
humanos, realizada pela antropologia física ou pela biologia, mas a referência
do comportamento do indivíduo à raça a que pertence e, principalmente, o uso
político de alguns resultados aparentemente científicos, para levar à crença da
superioridade de uma raça sobre as demais. Este uso visa a justificar e
consentir atitudes de discriminação e perseguição contra as raças que se
consideram inferiores. (BOBBIO, 2016, p. 1059).
Para
Bobbio, as teorias racistas buscavam a justificação cientifica a partir do
século XVIII, devido às próprias características da época iluminista. A ideia
de um racismo científico se relaciona, assim, com a justificativa biológica de
que existem raças humanas superiores e inferiores, e isso pode ser analisado de
forma objetiva pela ciência. Diferentes ramos científicos estavam relacionados
a estes estudos, como a frenologia, fisionomia, antropometria, além da
utilização de conceitos da biologia, psicologia, antropologia e mais. O racismo
cientifico, porém, não se sustenta enquanto argumento cientifico
contemporaneamente. Tanto por não existirem raças dentro da espécie humana,
como por que suas bases não são comprovadas por meio de pesquisas recente. O
adjetivo cientifico se refere meramente à tentativa de justificar com as ciências
do século XIX e começo do século XX, as discriminações que diferentes grupos
étnicos sofriam.
Após ler o
texto responda as questões abaixo:
1 – o que é
racismo científico?
2 - O que
buscava a teoria cientifica?
3 – Quais
eram os ramos científicos relacionados ao racismo?
4 – O que buscava a teoria racista?
BONS ESTUDOS ;=D
Comentários
Enviar um comentário